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ID
1847008
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCE-RN
Ano
2015
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

No que se refere aos sistemas de esgotamento sanitário, julgue o item a seguir.

No Brasil, adota-se o sistema de separador absoluto, destinado a coletar e transportar águas residuárias domésticas e industriais, veiculado em sistema independente, não sendo admitida a introdução de águas de outras origens como águas de infiltração e águas pluviais.

Alternativas
Comentários
  • Os sistemas de esgotos urbanos podem ser de três tipos: sistema unitário, sistema separador parcial e sistema separador absoluto.

     

    No sistema unitário, as águas residuárias, as águas de infiltração e as águas pluviais veiculam por um único sistema; no sistema separador absoluto, as águas residuárias e as águas de infiltração veiculam em sistema separado das águas pluviais; e no sistema separador parcial, as águas pluviais provenientes de telhados e pátios são encaminhadas juntamente com as águas residuárias e águas de infiltração para um único sistema de coleta e transporte de esgotos.

  • O Sistema de Separador absoluto prevê duas tubulações distintas e independentes. Uma para esgotos domésticos em que também devem ser previstos a parcela de águas de infiltração e outra tubulação para águas pluviais.

  • Sistema separador absoluto: a rede é projetada e construída para transportar exclusivamente despejos industriais e esgoto doméstico. As águas pluviais são coletadas e transportadas por outro sistema, totalmente independente. Adotada no Brasil desde 1911. As vantagens do sistema são as tubulações que se apresentam em dimensões menores, possibilitando o uso de pré-moldados de baixo custo, torna facilitada a implantação por etapas e futura ampliação do sistema, apresenta vazões praticamente constantes durante todo o tempo, e facilita o afastamento de águas pluviais.

    A maior desvantagem, no entanto, reside no fato de que as águas pluviais não podem ser tratadas e as águas provenientes de primeiras chuvas poluem cursos d' água, por vezes, mais que o esgoto doméstico e despejos industriais.

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    Águas de infiltração: São as águas que infiltram na rede por meio das juntas dos tubos, em caso de rede assentada em nível inferior ao lençol freático, e nas juntas dos tampões dos poços de visita. A NBR 9469/1987 estabelece que, para toda rede, o valor a ser adotado de taxa de infiltração deve variar entre 0,05 a 1,0 l/s*km, devidamente justificado. Esta taxa depende do tipo de solo, dos índices pluviométricos, da taxa de impermeabilização superficial, nível do freático, estado, idade e qualidade de execução da rede coletora, bem como tipo de junta e material da tubulação.

    Águas pluviais: Deveriam ser inexistentes, pois no Brasil é adotado o Sistema Separador Absoluto para a coleta de esgoto. Existem, no entanto, ligações clandestinas de águas pluviais na rede de esgoto que deveriam ser identificadas e eliminadas, pois, podem vir a provocar superutilização das tubulações e antecipação de problemas provenientes de vazões excessivas.

    http://www.fec.unicamp.br/~caxd/falcetta/_resumos/eng37.html

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    CONCLUSÃO:

    Águas de infiltração são admitidas (já que não tem como evitar) para efeitos de cálculos, apesar de que o ideal seria não ocorrer infiltração.

    Já as águas da rede pluvial são proibidas.