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ID
1866616
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A respeito do transtorno depressivo persistente, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o DSM 5 o TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE (DISTÍMICO) é a forma mais crónica da depressão, pode ser diagnósticada quando a perturbação do humor continua por pelo menos 2 ano em adultos e 1 ano em crianças ou adolescentes. Ele representa uma consolidação dos transtornos depressivo maior crônico e o transtorno distímico presentes no DSM-IV..

  • A) Errada: segundo o DSM 5 em criança e adolescente a distimia o humor pode ser irritável , com duração mínima de 1 ano.Se assertiva falasse em adulto estaria correta.

    B) Errada: item H dos critérios: Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras areas importantes da vida.

    C) Correta: Este transtorno representa uma consolidação dos transtornos depressivo maior crônico e o transtorno distímico presentes no DSM-IV

    D) Errada: vide correção da assertiva A.

    E) Errada: segundo Diagnóstico Diferencia do DSM 5 com frequência , existem evidências de um trantorno da personalidade coexistente, ambos diagnóstico são dados ao mesmo paciente.

  • DSM-5:

    Sobre a letra E: "Transtornos da personalidade. Com frequência, existem evidências de um transtorno da personalidade coexistente. Quando a apresentação de um indivíduo satisfaz os critérios para transtorno depressivo persistente e um transtorno de personalidade, ambos os diagnósticos são dados"

  • De acordo com o DSM-V, o Transtorno Depressivo Persistente ou Distimia, (300.4) representa uma consolidação do transtorno depressivo maior crônico e do transtorno distímico definidos no DSM-IV, e apresenta como critérios diagnósticos:  

    A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outras pessoas, pelo período mínimo de dois anos.
    Nota: Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, com duração mínima de um ano.

    B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes características:
    1. Apetite diminuído ou alimentação em excesso.  
    2. Insônia ou hipersonia.  
    3. Baixa energia ou fadiga.  
    4. Baixa autoestima.  
    5. Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões.  
    6. Sentimentos de desesperança.  
    C. Durante o período de dois anos (um ano para crianças ou adolescentes) de perturbação, o indivíduo jamais esteve sem os sintomas dos Critérios A e B por mais de dois meses.  

    D. Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente presentes por dois anos.  

    E. Jamais houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os critérios para transtorno ciclotímico.  

    F. A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno esquizoafetivo persistente, esquizofrenia, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado.  

    G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipotireoidismo).

    H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

    Nota: Como os critérios para um episódio depressivo maior incluem quatro sintomas que estão ausentes da lista de sintomas para transtorno depressivo persistente (distimia), um número muito limitado de indivíduos terá sintomas depressivos que persistiram por mais de dois anos, mas não irá satisfazer os critérios para transtorno depressivo persistente. Caso tenham sido satisfeitos todos os critérios para um episódio depressivo maior em algum momento durante o episódio atual da doença, tais indivíduos devem receber diagnóstico de transtorno depressivo maior. De forma alternativa, um diagnóstico de outro transtorno depressivo especificado ou transtorno depressivo não especificado é justificado.

    Diagnóstico Diferencial

    Transtorno depressivo maior. Caso exista um humor depressivo e dois ou mais sintomas que satisfaçam os critérios para um episódio depressivo persistente por dois anos ou mais, é feito o diagnóstico de transtorno depressivo persistente. O diagnóstico depende da duração de dois anos, o que o distingue dos episódios de depressão, que não duram dois anos. Se os critérios dos sintomas são suficientes para o diagnóstico de um episódio depressivo maior em qualquer momento durante esse período, então o diagnóstico de depressão maior deve ser anotado, mas é codificado não como um diagnóstico separado, e sim como um especificador com o diagnóstico de transtorno depressivo persistente. Se os sintomas do indivíduo atualmente satisfazem todos os critérios para um episódio depressivo maior, então deve ser usado o especificador “com episódios depressivos maiores intermitentes, com episódio atual". Se o episódio depressivo maior persistiu por pelo menos dois anos e continua presente, então é usado o especificador “com episódio depressivo maior persistente". Quando todos os critérios para episódio depressivo maior não são satisfeitos atualmente, mas houve pelo menos um episódio prévio de depressão maior no contexto de pelo menos dois anos de sintomas depressivos persistentes, é usado o especificador “com episódios depressivos maiores intermitentes, sem episódio atual". Se o indivíduo não experimentou um episódio de depressão maior nos últimos dois anos, então é usado o especificador “com síndrome distímica pura".

    Transtornos psicóticos. Os sintomas depressivos são uma característica comum associada aos transtornos psicóticos crônicos (p. ex., transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno delirante). Um diagnóstico separado de transtorno depressivo persistente não é feito se os sintomas ocorrem apenas durante o curso do transtorno psicótico (incluindo fases residuais).

    Transtorno depressivo ou transtorno bipolar e transtorno relacionado devido a outra condição médica. O transtorno depressivo persistente deve ser diferenciado de um transtorno depressivo ou transtorno bipolar e transtorno relacionado devido a outra condição médica. O diagnóstico é transtorno depressivo ou transtorno bipolar e transtorno relacionado devido a outra condição médica se a perturbação do humor for considerada, com base na história, no exame físico ou em achados laboratoriais, consequência dos efeitos fisiopatológicos diretos de uma condição médica específica, geralmente crônica (p. ex., esclerose múltipla). Se o clínico julgar que os sintomas depressivos não são consequência dos efeitos fisiológicos de outra condição médica, então se registra o transtorno mental principal (p. ex., transtorno depressivo persistente), e a condição médica é anotada como uma condição médica concomitante (p. ex., diabetes melito).

    Transtorno depressivo ou bipolar induzido por substância/medicamento. Um transtorno depressivo ou transtorno bipolar e transtorno relacionado induzido por substância/medicamento são diferenciados do transtorno depressivo persistente quando uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, exposição a uma toxina) está etiologicamente relacionada à perturbação do humor.

    Transtornos da personalidade. Com frequência, existem evidências de um transtorno da personalidade coexistente. Quando a apresentação de um indivíduo satisfaz os critérios para transtorno depressivo persistente e um transtorno de personalidade, ambos os diagnósticos são dados.



    GABARITO: C
  • GAB - C

    "Transtorno Depressivo Persistente (Distimia) - consolidação do transtorno depressivo maior crônico e do transtorno distímico"

    Fonte: Prof° Alyson Barros - Psicologia Nova