SóProvas


ID
1866637
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Assinale a opção correta referente à terapia sistêmica familiar.

Alternativas
Comentários
  • O genograma(ou genotograma) é a representação gráfica da família. Nele são representados os diferentes membros da família, o padrão de relacionamento entre eles e as suas principais morbidades Podem ser acrescentados dados como ocupação, hábitos, grau de escolaridade e dados relevantes da família, entre outros, de acordo com o objetivo do profissional. Enfim, é um diagrama no qual está representada a estrutura familiar.
    A demonstração gráfica da situação permite que o indivíduo pare e reflita sobre a dinâmica familiar, os problemas mais comuns que a afligem e o enfrentamento do problema pelos membros da família.  http://virtual.ufms.br/objetos/Genograma/6.html

     

     

  • GABARITO LETRA D.

     

  • a)  ERRADA: O Genetograma pode ser usado para instrumento de Avaliação Psicológica, pode, também, ser usado em contexto hospitalar, no trabalho com drogaditos, alcoolistas e suas famílias. Sua aplicabilidade estende-se ao contexto de estudos que analisam a escolha profissional dos jovens, entre outros.

    b) ERRADA: O Genetograma ou Genograma constitui-se de uma representação gráfica da família, propiciando a coleta de informações que podem elucidar importantes aspectos da estrutura, dinâmica e configuração familiar, bem como das relações e inter-relações existentes no sistema familiar. Além disso, reúne informações acerca de aspectos genéticos, médicos, sociais, comportamentais e culturais, tem nada a ver com inconsciente coletivo, tem a ver com genética, relações e inter-relações sistêmicas.

    c) ERRADA: “ver a família em sua perspectiva histórica implica ligar o passado, o presente e o futuro e notar sua flexibilidade na adaptação às mudanças”. Mc Goldrick, 1987. A disfunção familiar de hoje  pode ter a ver com um legado ou mito familiar deixado por outras gerações e que se perpetuou nas gerações atuais.

     d)CERTA: Sintoma, na perspectiva sistêmica, é compreender o padrão de interação do grupo para que mudanças sejam indicadas ao grupo, visando a aprendizagem e o crescimento. É comum, em se tratando de terapia familiar, que ocorra uma depositação, mais ou menos maciça, em uma das pessoas, de uma função ou papel que deveria ser distribuído por todos os elementos do sistema (positiva ou negativamente), ou seja, pode-se culpar ou tornar um membro da família o “bode expiatório” de todo o arranjo familiar. A pessoa em si não é geradora do problema, ela é reflexo de um sistema disfuncional que precisa ser trabalhado em sua totalidade a fim de que se alcance um nível de equilíbrio maior.

    Em qualquer caso, o consenso familiar de que um membro é o problema indica que, em algum nível, o sintoma está a ser reforçado pelo sistema (MINUCHIN, 1982, p.108).

    e) ERRADA:  O indivíduo portador do sintoma, na família, recebe o nome de paciente identificado. Ele é o elemento que “porta o problema” do grupo, conhecido na terapia sistêmica por "dar uma carona a todos". O psicólogo avalia o  eixo vetical pra identificar transgeracionalidade e o eixo horizontal para identificar problemas do "aqui agora" que inclui o estudo dos padrões interacionais da família em terapia bem como o modo como o grupo família lida com as dificuldades da vida. Na questão deveria estar escrito "eixo horizontal".

  • O genetograma pode ser utilizado para analisar uma mesma geração. Eixo horizontal.

  • Letra D

    O genetograma ajuda a família a visualizar seus problemas no atual contexto histórico, no qual o paciente, identificado com a sintomatologia, deixa de ser o foco da terapia, passando a ser todo o organismo familiar. O paciente será apenas um elo disfuncional, gerador de doença e sofrimento.

    Livro Psicodiagnóstico V (2007)

  • A questão solicita conhecimentos sobre a terapia sistêmica familiar e o genetograma.

    A família é um sistema aberto devido aos movimentos de interação dos seus membros serem intra e extra-familiares. Essa é a razão que os teóricos da família a inclui no processo de intervenção; haja vista que o que ocorre com um dos seus membros tem reflexo nos demais, de forma intercambiada. Todos os seus membros se influenciam.

    A abordagem sistêmica é uma teoria que afirma que, como o sujeito está inserido em um grupo, necessitando escuta e acolhimento do sofrimento psíquico desse sujeito inserido nesse contexto sistêmico, visto que o sujeito é sempre referido por um sistema e a matriz de sua identificação é a família. 

    Essa terapia pode ser indicada a todas idades e aplicada tanto individualmente, quanto a casais ou
    famílias.   

    Vamos às alternativas

    1. ERRADA

    O genetograma teve início na aplicação de usuários de álcool, principalmente, para a compreensão das gerações de usuários dependentes. Pode ser visto em diversos contextos como saúde, hospital, escolha profissional, dentre outros.

    1. ERRADA

    O inconsciente coletivo é um conceito junguiano que refere-se a modos de ser, comportamentos sociais e culturais que são difundidos para uma determinada geração (cultural). O  genotograma é especificamente entre gerações familiares e não coletivas.

    1. ERRADA
    É o oposto. As crenças e tradições de gerações anteriores possuem grande influência nas tradições atuais.

    1. CERTA

    “O genograma tem sido definido como um desenho gráfico da vida familiar com o objetivo de levantar informações sobre os seus membros e suas relações, através de gerações, constituindo-se numa ferramenta de avaliação muito utilizada pela terapia sistêmica de família." (Kruger & Werlang, 2008)


    1. ERRADA

    O psicólogo identifica os problemas atuais do paciente e colocá-los dentro da ótica da geração familiar desse paciente, permitindo um olhar mais amplo a respeito da queixa apresentada. 

    Gabarito da Professora: Letra D.


    Fonte:

    Krüger, Liara Lopes, & Werlang, Blanca Susana Guevara. (2008). O genograma como recurso no espaço conversacional terapêutico. Avaliação Psicológica, 7(3), 415-426