A-- em 2013, cada brasileiro consumiu, em média, 15,1 quilos de carne suína. Essa quantidade está muito aquém dos 41,8 quilos de carne de frango e 41 quilos de carne bovina consumidos por habitante em 2013 – dados da Ubabef (União Brasileira de Avicultura, agora também ABPA) e da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), respectivamente.
B--Além disso, enfermidades como a peste suína africana (ASF) e a diarreia epidêmica suína (PEDv) vêm acometendo rebanhos de importantes países produtores de suínos. Esse cenário tem aberto oportunidades para o Brasil aumentar os embarques, bem como receber preços maiores pela carne exportada.
C--HISTÓRICO – Além da subsistência, inicialmente, a criação de suínos no Brasil era voltada especialmente para a produção de banha, por sua vez muito utilizada na elaboração e conservação de alimentos. O salto na produção de carne suína se deu mesmo a partir da década de 60, com a adoção do sistema intensivo de criação. Aos poucos o foco foi se voltando para a produção de carnes, especialmente quando os óleos vegetais foram ganhando espaço na elaboração de alimentos e a refrigeração passou a substituir a banha na conservação.
D--Em termos mundiais, considerando-se dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), enquanto, no Brasil, a carne suína é preterida em relação às carnes bovina e de frango, no mundo, ela é a mais consumida. Para estimular o consumo no Brasil, a cadeia produtiva tem se mobilizado na modernização da comercialização de carne suína, bem como na conscientização do consumidor.
E---CONSUMO DOMÉSTICO – Apesar da evolução nas exportações, ainda é o mercado doméstico que absorve mais de 80% da produção brasileira. Em termos absolutos, a quantidade consumida só tem crescido no Brasil, dado o aumento da população e da renda.
https://www.cepea.esalq.usp.br/upload/revista/pdf/0016810001468869744.pdf