a) o transpasse das barras longitudinais dependem do diâmetro dos agregados.
Errado. Conforme 6118/2014, o comprimento de transpasse depende de diversos fatores (diâmetro, tipo de emenda, solicitação, etc), mas nunca está em função do diâmetro dos agregados.
*Não é muito exato e correto dizer aqui (mundo dos concursos), mas costumo dimensionar o comprimento de ancoragem como sendo 50 x diâmetro e costuma dar certo. Isso em situações que não exige análise complexa e pouca responsabilidade estrutural do elemento.
b) a armadura longitudinal deverá estar o mais próximo possível das faces das vigas.
Errado. Parece correto (se pensar na a necessidade de maximizar o valor de d'), mas já vi questão bem semelhante da CESPE dizendo que isso é ERRADO. E ela tem razão, pois temos que respeitar o cobrimento, além do estribo que envolverá a armadura longitudinal "abraçando-a"
c) será necessário considerar, nas barras com diâmetro elevado, o raio de curvatura da dobra, que pode exigir ferragens adicionais.
Correto. Executivamente barras com diâmetros acima de 32mm (muitos armadores se quixam já com 20mm) são terríveis para serem dobradas. Além da necessidade de equipamento especial, corremos o risco de prejudicar a propriedade do aço (um tipo de encruamento) ao tentarmos dobrar com ângulo muito "fechado" (raio pequeno). As ferragens adicionais, além de evitar fissuras ou efeitos não previstos na região da barra com grande diâmetro, permitem melhor transmissão dos esforços.
Assim, quando possível, o ideal é distribuir a área necessária de aço em maior quantidade de barra com menor diâmetro. Entretanto, se inevitável (ex: elementos sujeitos a grandes esforços), podemos utilizar barras com grandes diâmetros, mas com o cuidado de complementar com armação complementar/de montagem/adicional para evitar efeitos indesejáveis.
Um exemplo (tem outros, mas não achei uma imagem legal)
http://faq.altoqi.com.br/images/uploads/Eberick/Dimensionamento%20da%20Estrutura/Ancoragem_armadura_tracao_apoios_extremos_vigas(h)_eb.gif
d) não se permite emenda por solda.
Errado. Veja item 9.5 da 6118/2014. Emenda por solda é permitida.
e) os estribos não devem ser definidos por cálculo estrutural, pois dependem exclusivamente da seção reta das vigas para definir espessura e espaçamento.
Errado. Muitas vezes o estribo está alí para resistir aos esforços de torção e cortante.
Damiao, veja se te ajuda e se você concorda...
Quanto menor o raio de curvatura da dobra, maior será a tensão de fendilhamento que pode gerar as "fissuras de fendilhamento".
Para evitá-las pode-se adotar armaduras de costura, cintamento helicoidal também.
Em vigas, os estribos, mais próximos entre si, atuam como armadura de "costura" nessas regiões, resistindo às tensões transversais de tração.
No item 9.4.2.6 da NBR 6118 - Armadura transversal na ancoragem, ela fala sobre essa armadura de costura.
Fonte: Minhas anotações + apostila UNESP - "Ancoragem e Emenda de Armaduras"