-
GABARITO C
O método datiloscópico está dentro da ANTROPOLOGIA FORENSE.
A ANTROPOLOGIA FORENSE é o ramo da medicina que, utilizando-se de conhecimentos da antropologia geral, ocupa-se principalmente com as questões relativas a identidade e identificação.
Os fundamentos biológicos ou técnicos que qualificam e que preenchem as condições para um método de identificação ser considerado aceitável são:
Unicidade - também chamado de individualidade, ou seja, que determinados elementos sejam específicos daquele indivíduo e diferentes dos demais.
Imutabilidade - são as características que não mudam e não se alteram ao longo do tempo
Perenidade - consiste na capacidade d certos elementos resistirem à ação do tempo, e que permanecem durante toda a ida, até após a morte, como por exemplo o esqueleto.
Praticabilidade - um processo que não seja complexo, tanto na obtenção como no registro dos caracteres.
Classificabilidade - este requisito é muito importante, pois é necessária certa metodologia no arquivamento, assim como rapidez e facilidade na busca dos registros.
bons estudos
-
A questão avalia os conhecimentos do candidato a respeito de métodos de identificação.
Vejamos o que diz cada um dos fundamentos citados:
Unicidade. Também chamado de individualidade, ou seja, que determinados elementos sejam específicos daquele indivíduo e diferentes dos demais.
Imutabilidade. São as características que não mudam e não se alteram ao longo do tempo.
Praticabilidade. Um processo que não seja complexo, tanto na obtenção como no registro dos caracteres.
Classificabilidade. Este requisito é muito importante, pois é necessária certa metodologia no arquivamento, assim como rapidez e facilidade na busca dos registros.
A) ERRADO. Fotografia sinalética é uma fotografia comum, porém com redução de um sétimo de frente e de perfil direito, disciplinada com exata distância focal, que permite calcular a estatura do indivíduo. Não atende ao princípio da imutabilidade (a fisionomia do indivíduo pode mudar com o tempo e intervenções estéticas), e também não é prática nem classificável, levando em conta a diversidade de fisionomias.
B) ERRADO. Mutilações, marcas e tatuagens não atendem ao princípio da unicidade (pessoas diferentes podem ter a mesma tatuagem, por exemplo), nem da imutabilidade (essas marcas podem sofrer alterações ao longo do tempo), e também podem não ser práticas nem classificáveis, levando em conta a diversidade de marcas e tatuagens que pode haver.
C) CERTO. O método datiloscópico se propõe a identificar as pessoas, fisicamente consideradas, por meio das impressões ou reproduções físicas dos desenhos formados pelas cristas papilares das extremidades digitais. É único, pois cada pessoa terá uma impressão digital diferente (mesmo gêmeos univitelinos terão diferentes impressões), imutável (as impressões não se alteram ao longo da vida), prático e classificável.
D) ERRADO. O método antropométrico é baseado em medições de vários comprimentos do corpo humano. Trata-se de um método que não atende ao princípio da imutabilidade (ao longo do tempo as medidas do corpo mudam com a idade), e também não é prático para se catalogar e recuperar os registros.
E) ERRADO. No método do retrato falado, aproveitam-se minúcias, reveladas por pessoas de boa memória, que produzem detalhes mais importantes de uma fisionomia, emprestando-se maior destaque ao rosto. Veja que esse método não atende aos princípios da imutabilidade (a fisionomia de uma pessoa pode mudar ao longo do tempo), e não é prático no registro dos caracteres, e nem na classificabilidade, levando em conta a diversidade de características que podemos ter em um retrato falado (difícil de padronizar).
Gabarito do professor: Alternativa C.
-
A) fotografia sinalética: falta classificabilidade (difícil classificar fotografias em categorias) e imutabilidade (a pessoa muda suas características devido envelhecimento, corte de cabelo, plástica, etc)
B) mutilações, marcas e tatuagens: falta unicidade (dois indivíduos podem ter as mesmas tatuagens)
C) método datiloscópico: as impressões digitais são únicas para cada indivíduo (unicidade), não mudam ao longo da vida (imutabilidade), são fáceis de se obter (praticabilidade) e fáceis de classificar cada impressão em arco, presilha int., presilha ext. ou verticilo (classificabilidade)
D) antropometria: falta unicidade (dois indivíduos podem ter as mesmas medidas)
E) retrato falado: falta classificabilidade (difícil classificar retratos em categorias) e imutabilidade (a pessoa muda suas características devido envelhecimento, corte de cabelo, plástica, etc)
-
Os CRITÉRIOS BIOLÓGICOS
são aqueles intrínsecos a cada indivíduo e se organizam em:
• Unicidade: o elemento usado para identificar seja único em cada indivíduo que será identificado. As impressões digitais não se repetem nos seres humanos. Ela é única, ainda que gêmeos univitelinos;
• Imutabilidade: não confunda com perenidade (perene é algo que dura para sempre não é algo que não muda). A impressão digital jamais muda, desde o momento que a pessoa nasce até o momento que o corpo entre em putrefação quando esta ainda não alcançar a mão do cadáver;
• Perenidade: característica que perdura por toda a vida.
Já os CRITÉRIOS TÉCNICOS são arrolados de acordo com características físicas e de manipulação, sendo elas:
• Classificabilidade: requisito pelo qual o elemento identificador deve ser retirado das próprias características da forma de identificação;
• Praticidade: característica que torna essa forma de identificação prática, o método há de ser simples para poder ser prático. Há características nas impressões digitais que as classificam.
O arquivo de impressões digitais não é por ordem alfabética, mas sim pela classificação das impressões digitais. O sistema de identidade civil é o decadactilar e o de identidade criminal é o monodactilar.
O Sistema de Vucetich
A base do método de Vucetich é o delta, que vem a ser as linhas dispostas em ângulos mais ou menos obtusos e envolvendo o núcleo central da impressão.
Vucetich inicialmente observou que as linhas papilares se organizam em três sistemas. Um acompanha o bordo da polpa digital (M); outra forma a base do desenho, passando transversalmente de um bordo ao outro (B); uma última forma um núcleo (N).