A Conjuração Baiana (1798)
Influenciados pelas revoluções francesa e haitiana, negros e mulatos pobres promoveram saques a estabelecimentos comerciais de portugueses, motivados pelas duras condições de vida na cidade de Salvador. Sabe-se que também chegaram a propor o fim da escravidão em um de seus panfletos, além de serem o único movimento das colônias a contarem com a participação de mulheres negras, como as ex-escravas Ana Romana e Domingas Maria do Nascimento. Além disso, propunham a criação de uma República e defendiam a liberdade de comércio e o aumento do soldo dos soldados.
Diferentemente dos conjurados das Minas, os conspiradores baianos faziam questão de que seus posicionamentos políticos fossem conhecidos publicamente.
O movimento não chegou a dar origem a um conflito com as forças militares portuguesas, uma vez que suas lideranças logo foram delatadas. Lucas Dantas, João de Deus, Manuel Faustino e Luís Gonzaga das Virgens – todos homens negros e pobres – foram condenados a forca pelas autoridades da capitania, e seus corpos esquartejados e fixados em vários pontos de Salvador, alertando para que nenhum súdito voltasse a desafiar a autoridade da Coroa. Como João de Deus e Manuel Faustino dos Santos ocupavam os ofícios de alfaiate, o movimento ficou conhecido como Revolta dos Alfaiates