Edição do dia 07/03/2016
07/03/2016 10h27 - Atualizado em 07/03/2016 10h28
Meninas são maioria da geração "nem-nem", aponta pesquisa
Três em cada dez meninas nem estuda, nem trabalha. Gravidez precoce é uma das razões para abandonar escola sem sequer concluir ensino médio.
Geração ‘nem-nem’ é um fenômeno global
Há cerca de 39 milhões de jovens adultos que não trabalham nem estudam em 33 países industrializados
A chamada geração “nem-nem” é uma das tendências socioeconômicas mais preocupantes da atualidade, e não somente no Brasil. A expressão se refere aos jovens que “nem trabalham, nem estudam”. Há cerca de 39 milhões de nem-nem em 33 países industrializados, segundo um novo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
-Uma pesquisa revela que as meninas são maioria na geração "nem-nem", jovens que nem estudam, nem trabalham. Três em cada dez meninas largam a escola, não concluem sequer o ensino médio por conta de gravidez na adolescência.
São adolescentes que viram mães e têm que cuidar do filho, muitas vezes da casa. Quase metade, 46% têm renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo.
Por acaso você já ouviu falar na expressão geração "nem-nem"?
A Débora Rodrigues também não, mas ela faz parte desse grupo que "nem" estuda, "nem" trabalha.
“Para mim, é importante voltar a estudar, para aprender mais coisas, para na frente eu quiser fazer uma faculdade melhor, ter uma vida melhor”, diz a dona de casa.
Um levantamento feito pelo Instituto Ayrton Senna - uma ONG de incentivo à educação - revela que um em cada dez jovens brasileiros - entre 15 e 17 anos - está fora da escola e sem trabalhar.
O percentual de adolescentes sem uma ocupação é parecido em todas regiões do Brasil. O estado que lidera esse ranking em todo o país é Alagoas, onde 17% dos jovens estão nessa situação.
“O país não pode deixar de investir na sua juventude. E a melhor maneira de investir no jovem é investir em uma escola de qualidade, em uma escola em que ele aprenda e que ele se sinta motivado, autoconfiante para enfrentar os desafios futuros”, afirma o diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos.
LETRA A
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/03/meninas-sao-maioria-da-geracao-nem-nem-aponta-pesquisa.html
Infelizmente, no Brasil, país da desigualdade, tal realidade não terá fim, enquanto a sociedade não entender que o caminho do desenvolvimento inicia-se pela EDUCAÇÃO de QUALIDADE, GRATUITA e IGUAL para todos.
Mas o que temos é a segregação de classes, em que uma pequena parcela da sociedade tem direito a uma educação de qualidade e privada, que irá proporcionar que tais pessoas ocupem os melhores postos econômicas da sociedade. Enquanto que uma grande parcela da população ficará segregada de ter pelo menos a chance de disputar os mesmos postos de trabalho. Sendo assim, o pacto perverso da desigualdade social nunca será eliminado enquanto essa lógica capitalista vigorar, qual seja, " quem paga tem! mas quem não tem! ficará condenado a uma vida de miséria e pobreza em todos os sentidos".
Será quem um dia (no Brasil) o filho do patrão estudará na mesma escola em que o estuda o filho do empregado????