A energia nuclear e os 30 anos do desastre de Chernobyl
___________________Por Douglas Ciriaco RSS | em 26.04.2016 às 15h47
O dia 26 de abril de 1986 entrou para a história da humanidade como a data em que aconteceu o maior acidente nuclear de todos os tempos na pequena cidade de Chernobyl, na Ucrânia, então parte da União Soviética. O quarto reator da usina localizada na até então desconhecida cidade soviética sofreu uma explosão de vapor seguida de derretimento nuclear, despejando assim uma enorme quantidade de material radioativo no ar, criando uma nuvem de gases 200 vezes mais radioativa do que aquela formada nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki após a detonação de duas bombas atômicas em 1945.
30 anos depois, Três décadas depois do desastre, Pripyat, a cidade construída ao redor de Chernobyl para abrigar os trabalhadores da usina, virou um deserto. Evacuada nos dias seguintes ao acidente, ela atualmente se parece com um cenário de The Walking Dead, com ruas e prédios tomadas pelo mato — em torno da usina, foi criada uma zona de exclusão de 2,8 mil quilômetros quadrados a fim de isolar a área. Sem a ação humana intensa, o número de espécies de animais e plantas que voltou a habitar a região cresceu de forma inédita. “Quando as pessoas se foram, a natureza voltou”, comentou o biólogo da zona de exclusão de Chernobyl Denys Vyshnevskiy, em entrevista à AFP. “A radiação está sempre aqui e tem um impacto negativo, mas não tão significante quanto a ausência de intervenção humana”, complementa.
Além disso, é recorrente a opinião de que a energia nuclear pode significar um avanço no combate ao aquecimento global. “Qualquer diminuição da energia nuclear no curto ou médio prazo levará a um aumento do uso de carvão e gás, maiores emissões de gases estufa e a intensificação da colaboração com o aquecimento global”, defendeu o jornalista ambiental Mark Lynas logo após a sequência de eventos em Fukushima — vale lembrar que o acidente foi ocasionado por um tsunami gerado após um terremoto na cidade japonesa. Outro ponto que pesa a favor da energia nuclear são os números na redução da poluição. Segundo o especialista em clima James Hansen, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, ao longo dos últimos 20 anos o investimento do país norte-americano nesta fonte de energia impediu a emissão de 64 bilhões de metros cúbicos de gases do efeito estufa, salvando mais de 1,8 milhões de vidas no processo.
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