Mesmo que a questão tenha sido anulada, acho digno comentarmos sobre os itens para aumentar o nosso conhecimento! :) Inclusive, estimados colegas, meus comentários abaixo englobam apenas pesquisas nos livros aos quais eu tenho acesso - sintam-se à vontade para complementar as informações!
a) CORRETO. A heroína é um composto mais potente do que a morfina, conforme explicado pelo nosso amigo Roberto. A acetilação que a difere da morfina faz com que o composto seja mais lipossolúvel, então tem mais facilidade para atravessar a BHE e atingir o alvo farmacológico.
Sobre o metabólito, é fato que um dos biomarcadores da heroína é a 6-monoacetilmorfina, e a informação de que ele é mais ativo que a própria heroína eu encontrei nesse paper (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0278584684900514?via%3Dihub), mas não achei nos meus livros.
b) CORRETO. Até onde eu sabia, a heroína era um pró-fármaco e a sua atividade narcótica se dava pela sua metabolização em morfina. Porém, no livro do Seizi Oga diz que "devido sua alta lipossolubilidade, a heroína é bem absorvida (...) atingindo rapidamente seu sítio de ação no SNC". Logo, deduzi que a heroína também atua nos receptores opioides.
c) ERRADO. A relação de dependência não se dá pela potência de fármaco, e sim pela sua atuação no sistema mesolímbico dopaminérgico de recompensa.
d) ERRADO. A metadona é agonista de receptores opioides, é utilizada no tratamento de dependentes crônicos com a finalidade de diminuir os efeitos negativos da síndrome de abstinência.
e) ERRADO. Enquanto a morfina de fato é extraída da papoula, a heroína é semissintética, ou seja, precisa de manipulação em laboratório a partir da molécula de morfina para ser produzida.