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ID
201709
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco da Amazônia
Ano
2010
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

Apesar do grande potencial apresentado pela maioria das regiões
brasileiras para a produção de grãos e sementes, e da
importância econômica, social e alimentar das culturas graníferas
nacionais, os grãos e sementes produzidos no Brasil ainda
apresentam problemas de qualidade que podem dificultar a
comercialização. Assim sendo, é grande o prejuízo anual que a
economia das nações em desenvolvimento possuem em
conseqüência das perdas pós-colheita. A respeito da tecnologia
pós-colheita de grãos e sementes de feijão, julgue os itens de 112
a 116.

Os métodos tradicionais para evitar a presença de insetos no armazenamento do feijão, como o uso de cinzas, inseticidas ou outra barreira física, têm sido pouco eficientes, pois os grãos são infestados por insetos ainda no campo, mantendo-os no ambiente de armazenamento. A busca de soluções para diminuir o ataque de pragas como zabrotes pode estar no melhoramento genético do feijoeiro, por meio do cruzamento de materiais genéticos selvagens que possuem na sua composição a proteína arcelina, que não é digerível pelo inseto.

Alternativas
Comentários
  • A arcelina é uma proteína encontrada em feijões silvestres e confere resistência ao caruncho-do-feijão, Zabrotes subfasciatus(Boh., 1833) (Coleoptera: Bruchidae).

    http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-204X2000000500005&script=sci_arttext
  • Diversos pesquisadores avaliaram milhares de acessos de feijão cultivado e não encontraram níveis satisfatórios de resistência ao caruncho Z. subfasciatus (Oliveira et al., 1979; Schoonhoven & Cardona, 1982; Rego et al., 1986; Oriani et al., 1996). Contudo, em genótipos silvestres de Phaseolus vulgaris de origem mexicana, detectaram-se altos níveis de resistência. Pesquisas revelaram que a resistência aos carunchos é do tipo antibiose, e é atribuída à proteína arcelina (Schoonhoven et al., 1983; Cardona et al., 1989). A arcelina está presente somente em feijões silvestres, resistentes a Z. subfasciatus. Seis variantes alélicas de arcelina (Arc1, Arc2, Arc3, Arc4, Arc5 e Arc6) já foram descritas (Osborn et al., 1986; Lioi & Bollini, 1989). Quando se introduziu o gene desta proteína em feijões suscetíveis cultivados, por meio de retrocruzamentos, comprovou-se que a expressão da proteína é controlada por um gene simples, sendo, sua presença, dominante (Osborn et al., 1986). A herança monogênica da arcelina abre a possibilidade de formação de biótipos do inseto capazes de quebrar essa resistência.