Comentário de Anita Salvadori Randi - Professora do QC
Contatos de hanseníase com menos de 1 ano de idade, já comprovadamente vacinados, não necessitam da aplicação de outra dose de BCG, acima de 1 ano se tiver apenas uma cicatriz vacinal precisa ser vacinado. Além disso, a vacina BCG é administrado por via intradérmica.
Existe no Brasil legislação que permite incluir a tuberculose (TB) e a hanseníase como doença ocupacional (Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991), portanto, quando a doença ocorre em Profissionais de Saúde, deve ser notificada em formulário específico – comunicação de acidente de trabalho – CAT.
Na tuberculose considera-se caso índice, todo paciente com TB pulmonar ativa, prioritariamente com baciloscopia positiva. Já o contato (comunicante) é definido como toda pessoa que convive no mesmo ambiente com o caso índice no momento do diagnóstico da TB. Esse convívio pode se dar em casa, em ambientes de trabalho, instituições de longa permanência, escola ou pré-escola. A avaliação do grau de exposição do contato deve ser individualizada considerando-se a forma da doença, o ambiente e o tempo de exposição.
O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio da anamnese, exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. Para os casos diagnosticados, deve-se utilizar a classificação operacional de caso de hanseníase, visando definir o esquema de tratamento com poliquimioterapia, que se baseia no número de lesões cutâneas que se baseia em Paucibacilar (PB) que são casos com até cinco lesões de pele e Multibacilar (MB) que são casos com mais de cinco lesões de pele. Quando disponível a baciloscopia, o seu resultado positivo classifica o caso como MB. Portanto a alternativa D está correta.
A Hanseníase é transmitida nos casos multibacilares e a principal via de eliminação dos bacilos desses pacientes é a aérea superior, sendo, também, o trato respiratório a mais provável via de entrada do M. leprae no corpo.
Gabarito do Professor: Letra D
Bibliografia
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública: manual técnico-operacional [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Tratamento diretamente observado (TDO) da tuberculose na atenção básica : protocolo de enfermagem / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.
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