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ID
2057389
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Paciente adulto, sexo masculino, apresenta coinfecção Tuberculose (TB) / HIV. Em relação ao caso apresentado, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • o geral, embora com taxa de falência terapêutica e recorrência da tuberculose maior nos co-infectados. Com relação aos efeitos adversos, alguns estudos sugerem que a ocorrência de eventos graves seja igual nos co-infectados e nas pessoas com TB e sem infecção pelo HIV, contudo outros estudos encontraram diferenças significativamente mais elevadas no grupo de co-infectados. Recomendações para o manejo da falência terapêutica, recorrência e TB multirresistente são similares para os dois grupos. O esquema preconizado pelo Ministério da Saúde consiste na combinação de rifampicina, isoniazida e pirazinamida por dois meses, seguidos de quatro meses de rifampicina e isoniazida (RHZ), com seis meses de tempo total de tratamento. A rifampicina é um potente indutor do citocromo P450. Por esse motivo, reduz dramaticamente as concentrações plasmáticas dos inibidores da protease (IP) e inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos (ITRNN), uma vez que essas drogas utilizam a mesma via de metabolização (www.cdc.gov/tb/TB_HIV_default.htm)  entao a rifamicina pode ser utilizada nesses casos.

    gabarito letra a

  • A rifampicina (RMP) é considerada uma das principais drogas no tratamento da tuberculose. Esquemas que incluem a sua utilização apresentam taxa de sucesso terapêutico da ordem de 95%, quando adequadamente utilizados. Contudo, a utilização concomitante da RMP com a maioria dos IP e/ou ITRNN promove importante interação farmacológica no sistema microssomal hepático e da parede intestinal, podendo provocar redução significativa dos níveis séricos desses anti-retrovirais e, conseqüentemente, aumentar o risco de desenvolvimento de resistência do HIV ao esquema anti-retroviral em uso. A utilização de esquemas alternativos para o tratamento da tuberculose sem RMP, apesar de eficaz do ponto de vista bacteriológico, tem-se mostrado com efetividade terapêutica global reduzida pela maior complexidade do esquema, maior dificuldade de adesão ao uso de medicação injetável (estreptomicina) e tempo mais prolongado de tratamento. Nessas situações, pode haver prejuízo para o paciente co-infectado, tanto pela não utilização de IP e/ou ITRNN no esquema anti-retroviral, como pela não inclusão da RMP no esquema antituberculose.

    J. bras. pneumol. vol.30  suppl.1 São Paulo June 2004

    http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132004000700003 

  • ==> O tratamento da tuberculose em pessoas infectadas pelo HIV segue as mesmas recomendações para os não infectados, tanto nos esquemas quanto na duração total do tratamento.

     

    ==> A apresentação farmacológica desse esquema passa a ser em comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos (RHZE), nas seguintes dosagens: Rifampicina 150mg,H 75mg, Z 400mg e E 275mg.

     

    ==> Em todos os esquemas a medicação é de uso diário e deverá ser administrada em uma única tomada.

     

    Letra A

     

    Manual de recomendações para o controle da tuberculose. MS, 2011