Para muitos autores os primórdios da Educação Profissional no Brasil denotam sua criação para atender crianças, jovens e
adultos que viviam à margem da sociedade. As primeiras escolas que constituíram a Rede Federal de Educação Profissional
tinham a função de instruir tais indivíduos através do ensino de um ofício ou profissão. Portanto, a dualidade das classes
sociais refletia-se na educação escolar cujos filhos dos trabalhadores livres eram destinados à aprendizagem dos ofícios
manuais, e os filhos das elites para as funções de mando e os estudos superiores.
Esse processo é legitimado no primeiro governo Vargas, no auge do poder do Estado Novo, nos anos 1940, cujas Leis
Orgânicas do Ensino Industrial e do Ensino Secundário e a criação do Senai, em 1942, determinam a não equivalência entre
os cursos propedêuticos e os técnicos.
Essa dualidade associou os currículos enciclopédicos dos cursos propedêuticos à (ao)