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ID
2068315
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na segunda metade do século passado, países da América Latina vivenciaram diferentes regimes políticos e situações de ameaça à ordem constitucional. Com referência a essa realidade, julgue (C ou E) o item subsequente.

Em 1955, o presidente argentino Juan Domingo Perón foi deposto por um golpe militar, acusado de simpatizante do comunismo, após legalizar o Partido Comunista e estabelecer relações diplomáticas com a URSS.

Alternativas
Comentários
  • FATORES QUE LEVARAM AO GOLPE MILITAR CONTRA PERÓN

    Essas medidas populistas fizeram com que Perón fosse reeleito em 1951. O segundo mandato foi marcado pela morte de sua esposa, em 1952, por grandes dificuldades econômicas, protestos de trabalhadores e pela sua excomunhão da IgrejCatólica. Esses fatores enfraqueceram o seu governo e, em 1955, acabou deposto pelos militares e se exilou no Paraguai.

     

    FONTE: https://educacao.uol.com.br/biografias/juan-domingo-peron.htm?cmpid=copiaecola

  • ERRADO

     

    Em novembro de 1954, o presidente lançou um ataque aberto: reprimiu procissões, extinguiu o ensino religioso nas escolas, permitiu os prostíbulos, mandou prender sacerdotes e introduziu uma cláusula que autorizava o divórcio.

     

    Em contrapartida, a Igreja espalhou folhetos pelas ruas e fez uma gigantesca procissão em Corpus Christi. Opositores da Marinha se aproveitaram da situação e também fizeram um levante. 

    Como era comum na atitude política de Perón, após o enrijecimento vieram atitudes conciliatórias: ele parou com os ataques e chamou a oposição para negociar.

     

    Mas era tarde. Pressionado de todos os lados, ele renunciou em 1955, e seu governo deu lugar à “Revolução Libertadora” comandada pelo general Eduardo Lonardi e pelo almirante Isaac Rojas. Na maioria dos governos seguintes, o peronismo foi banido, e seus seguidores, perseguidos.

    Perón se refugiou na Embaixada do Paraguai. De lá, foi para Venezuela, Panamá, República Dominicana e, finalmente, Espanha.

     

    http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1207760-16107,00-LIDER+HABILIDOSO+PERON+DEIXOU+LEGADO+ETERNO+NA+POLITICA+ARGENTINA.html

  • Perón tornou-se popular na política argentina na primeira metade da década de 1940, especificamente a partir de 4 de junho de 1943. Nessa data aconteceu um golpe militar que levou o Grupo de Oficiais Unidos, o GOU, ao poder da Argentina. O governo do GOU era formado por militares católicos e ultraconservadores, conhecido por ter muitos simpatizantes do fascismo, que ficou caracterizado pela perseguição a todo tipo de movimento e ação popular. 

    Os militares perseguiram comunistas e sindicatos, agiram nas universidades argentinas fazendo com que diversos professores universitários perdessem seus empregos, além de estabeleceram o ensino religioso católico no país. Entre os militares deste governo destacou-se Juan Domingo Perón que, na Secretaria do Trabalho e Provisão a partir de dezembro de 1943, ascendeu aos quadros políticos argentinos , conseguindo conquistar muita popularidade. 

    Aproximou-se então das classes de trabalhadores e dos movimentos sindicais da Argentina. Começou a articular uma política de massas. Perón acreditava que as massas operárias desorganizadas seriam um alvo fácil para o comunismo. Sendo assim, além de ampliar o contato com os sindicatos, também promoveu diversos benefícios para os trabalhadores argentinos, como a ampliação do regime de aposentadoria, a criação do salário mínimo e de um 13º salário. 

    Essa aproximação com as massas preocupou a classe proprietária , levando-o à prisão. Foi solto por pressão popular, articulada pela ação de sua segunda esposa , Eva Duarte de Perón. A notoriedade possibilitou que disputasse , e ganhasse as eleições para a presidência em 1946 e, para um segundo mandato a partir de 1951. O golpe militar de 1955, por conta de sua política sindicalista e seu excessivo autoritarismo, que lhe retirou o apoio da Igreja Católica e do Exército, tirou- o do poder, embora não do cenário político argentino. 

    A partir do exposto é possível concluir que o golpe militar que derrubou Perón em 1955 não teve como causa a sua simpatia pelo comunismo ou a reabertura de relações diplomáticas com a URSS,em plena época de Guerra Fria. Na verdade as simpatias de Perón dirigiam-se ao Fascismo e ao Nazismo que são violentamente anti-comunistas. 

    Vale prestar atenção à bibliografia específica sobre o Peronismo e sobre História da América Latina em geral. A questão exige conhecimento mais detalhado sobre História da Argentina 

    Gabarito do Professor: ERRADO.