Ditaduras militares na América Latina
Argentina (1930-1938), (1955-1958), (1966-1973), (1976-1983)
Bolívia (1971-1985)
Brasil (1889-1894), (1937-1945) e (1964-1985)
Chile (1973-1990)
Colômbia (1953-1957)
Costa Rica (1863-1866), (1868-1876), (1877-1882) e (1917-1919)
Cuba (1933-1959)
República Dominicana (1889-1899) e (1930-1961)
El Salvador (1931-1979)
Equador (1972-1979)
Guatemala (1954-1996)
Haiti (1988-1990) e (1991-1994)
Honduras (1963-1974)
México (1853-1855) e (1876-1910)
Nicarágua (1925-1936), (1936-1956), (1956-1966), (1966-1976) e (1976-1985)
Panamá (1968-1989)
Paraguai (1954-1989)
Peru (1968-1980)
Suriname (1980-1988)
Uruguai (1875-1890) e (1973-1984)
Venezuela (1847-1858), (1908-1935) e (1948-1958)
Questão CERTA.
Questão interessante, chamando a atenção do CACDista para a existência na América Latina de "ditaduras militares progressistas", isto é, regimes militares que aplicaram políticas sociais e de caráter desenvolvimentista e que chegaram a desafiar a hegemônia estadunidense.
Começando pela Bolívia, em 1969, assumiu o poder o Gen. Alfredo Ovando Candía, derrubando o presidente constitucional Luís Adolfo Siles Salinas. O Gen. Ovando governou por pouco mais de um ano, mas tomou medidas importantes, como a nacionalização do petróleo, com a expropriação da Gulf Co., além de campanhas de alfabetização. Foi sucedido em outubro de 1970 por outro militar de linha nacionalista-reformista, o Gen. Juan José Torres.
No Peru, em 1968, assumiu o poder o Gen. Juan Velasco Alvarado, por via de um golpe de Estado que derrubou o governo democraticamente eleito de Fernando Belaunde Terry. Velasco Alvarado governou de 68 a 76, e exerceu um governo também de linha reformista-progressista, com a realização de uma ampla reforma agrária, nacionalização das minas e estatização da pesca, setor financeiro e telefonia, além de um alinhamento com o bloco socialista e a própria URSS, chegando a ser um dos maiores compradores de armamento daquele país, em um claro desafio à hegemonia estadunidense em plena Guerra Fria.
Por fim, o Panamá também foi governado por um militar politicamente progressista-reformista, no caso o Gen. Omar Torrijos, que assumiu de fato o poder após um golpe de Estado contra o civil Arnulfo Arias em 1968. De relevante, tem-se que Torrijos conseguiu através de um tratado com o então presidente estadunidense Jimmy Carter, assinado em 1977, a devolução do Canal do Panamá, o que ocorreu no ano de 1999.
Fontes:
https://en.wikipedia.org/wiki/Omar_Torrijos
https://es.wikipedia.org/wiki/Juan_Velasco_Alvarado
https://es.wikipedia.org/wiki/Alfredo_Ovando_Cand%C3%ADa
https://es.wikipedia.org/wiki/Juan_Jos%C3%A9_Torres