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ID
2068540
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em seu discurso de posse, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou: “Nas políticas de comércio exterior, o governo terá sempre presente a advertência que vem da boa análise econômica”. À luz dessa afirmação e das teorias de comércio internacional, julgue (C ou E) o item subsecutivo.

David Ricardo aperfeiçoou as ideias de Adam Smith e desenvolveu a chamada Teoria das Vantagens Comparativas. No livro Sobre os Princípios da Economia Política e da Tributação, Ricardo defende que o comércio internacional é benéfico a todos os países que mantêm vínculos comerciais entre si, pois o importante, segundo ele, são as vantagens comparativas, não as absolutas, de todos os fatores de produção de uma economia.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Errado

     

     A teoria ricardiana afirma que a economia deve se especializar totalmente na produção daquele bem em que o fator TRABALHO, E APENAS TRABALHO, seja mais produtivo / rentável. Desse modo, o comércio sempre promoverá o desenvolvimento econômico.

     

    Fonte: IDEG

  • Gabarito: Errado

     Não seria de TODOS os fatores de produção. Nenhum país consegue esta proeza, mas apenas ter proeminência em alguns fatores de produção. O fato de nenhum país ser capaz de obter nível de produção superiores ao resto do mundo em todos os seus fatores de produção o que garante o fluxo de trocas numa economia global.

  • ao contrário das teorias neoclássicas de comércio internacional, desenvolvidas no século XX, por Heckscher e Ohlin, que são modelos 2x2x2 (duas nações, duas mercadorias e dois fatores de produção), as teorias clássicas, propostas por Adam Smith e David Ricardo, são modelos 2x2x1 (duas nações, duas mercadorias e um fator de produção). Ou seja, tanto para Smith quanto para Ricardo, há apenas um fator de produção (trabalho), fundamental para que, dentro do tempo de produção de cada mercadoria, haja a abertura do mercado internacional, auxiliando no crescimento econômico dos países.

  • O erro está em "...todos os fatores de produção...", quando, na realidade, Ricardo considerava somente o fator trabalho.

    "(...)Essa é basicamente a lógica das vantagens absolutas: é fácil identificar, dadas as diferenças de custo de produção, qual país se especializará em qual produto. No entanto, situações em que existe clara diferença de competitividade de um país em um setor enquanto outro país é claramente competitivo em outro setor são menos comuns do que sugere a teoria. É mais frequente encontrarem-se situações em que um país é mais eficiente na produção da maior parte dos produtos ou mesmo na da totalidade deles. Nesse caso, segundo a lógica de Adam Smith, não haveria possibilidade de comércio internacional.

    David Ricardo resolveu essa situação ao argumentar que mesmo no caso em que um dos países seja menos competitivo em todos os setores em relação a outro país, ainda assim não apenas é possível haver comércio como fica assegurado que ambos os países ganharão com o resultado do intercâmbio de bens. A razão para tanto é a existência de vantagens comparativas. O modelo de Ricardo supõe que existem dois países, dois produtos, um único fator de produção (trabalho), e que a relação entre os preços dos produtos antes do comércio é uma função apenas das quantidades de fator empregadas na produção de cada item. (...)

    Suponha-se que um dos países consegue produzir ambos os produtos a custos mais baixos que o outro. Ainda assim, é possível haver comércio, se for considerada a noção de eficiência relativa na produção de cada item em cada país, isto é, os custos de produção em um setor em relação aos custos de produção no outro setor."

    FONTE: Manual do Candidato de Economia, FUNAG, 2016

  • A teoria  vantagens comparativas = o Estado tem que ganhar mais do que o outro,

    A teoria da vantagens absolutas = o Estado tem que ganhar algo, não importa o quanto, mas se ele ganha já está bom. Pois se ele não fizesse comércio não ganharia nada.

    Pela lógica que se ele defende o incremento do comércio ele tem a visão de vantagens absolutas ou seja é aquela em que só se ganha se o Estado aceitar participar do comércio internacional. Enquanto que as vantagens comparativas o Estado quer ganhar mais do que o outro com quem está negociando.

  • Ir para comentário de Lídia D

  • Errado!

    Primeiro porque a Teoria das Vantagens Comparativas trata das vantagens na produção dos bens e não exatamente nas vantagens dos fatores de produção.

    Além disso, não se pode ter vantagens comparativas em todos os bens produzidos.

    Isso porque, supondo dois países e dois produtos, se o país A tem vantagem comparativa na produção do bem X, necessariamente o país B terá vantagem comparativa na produção do bem Y.

    Resposta: E

  • tenho material de economia para revisao da sefaz ce- instagram thaispc15

  •  "Ricardo defende que o comércio internacional é benéfico a todos os países que mantêm vínculos comerciais entre si, pois o importante, segundo ele, são as vantagens comparativas, não as absolutas, d̶e̶ ̶t̶o̶d̶o̶s̶ ̶o̶s̶ ̶f̶a̶t̶o̶r̶e̶s̶ ̶d̶e̶ ̶p̶r̶o̶d̶u̶ç̶ã̶o̶ de uma economia."

    Somente a mão de obra.

  • Fala pessoal! Professor Jetro Coutinho aqui, para comentar esta questão sobre Teoria das Vantagens Comparativas.

    A teoria das vantagens comparativas foi escrita por David Ricardo com base no argumento dele de que o comércio internacional deve ocorrer com base no custo de oportunidade de produção dos países envolvidos.

    Segundo Ricardo, mesmo que um país tivesse vantagem absoluta na produção de vários bens, o comércio internacional ainda poderia acontecer. Para isso, bastaria que os países usassem o critério do custo de oportunidade (vantagem comparativa).

    Com isso em mente, podemos julgar a questão como errada.

    Primeiro porque a Teoria das Vantagens Comparativas trata das vantagens na produção dos bens e não exatamente nas vantagens dos fatores de produção.

    Além disso, não se pode ter vantagens comparativas em todos os bens produzidos.

    Isso porque, supondo dois países e dois produtos, se o país A tem vantagem comparativa na produção do bem X, necessariamente o país B terá vantagem comparativa na produção do bem Y.

    Ou seja, um país pode ter vantagem absoluta na produção de ambos os bens, mas só terá vantagem comparativa na produção de apenas um deles.


    Gabarito do Professor: ERRADO.