Neste sentido mais restrito é que cabe a discussão sobre o currículo disciplinar, que se configura em uma prática pedagógica separada por disciplinas que caracterizam algumas ciências e/ou áreas do conhecimento. Esta organização por disciplina deixa muito a desejar, uma vez que ela prevê um grau de fragmentação do conhecimento que dificulta sua integração. Esta maneira de pensar o currículo, apesar de defender certa neutralidade político-econômico-social, tende a caracterizar-se como resultado de uma forma de pensar o mundo e a educação. Ele foi pensado por grupos sociais que o idealizou a partir de seus interesses. Além dessas questões ideológicas o currículo disciplinar não tem/disponibiliza espaço para reflexão/reconhecimento de questões subjetivas como valorização da realidade na qual a escola está inserida, não leva em conta as capacidades, interesses e experiências dos alunos (as). Este currículo molda uma relação professor-aluno engessada sem tempo e nem disposição para a afetividade, diálogo e até mesmo a relação aluno-conhecimento é desestimulante e não considera as dificuldades apresentadas pelo aluno (a).
Os conhecimentos são apresentados aos alunos como independentes e não disponibilizando condições de fazer uma relação entre eles.