(A) O processo de cromatização é um método em que se obtém um revestimento protetor, que pode ser produzido em soluções contendo cromatos ou ácido crômico. Esse procedimento pode ser feito sobre o metal, não sendo recomendada a utilização deste sobre uma camada de óxidos. Dessa forma, deve ser realizada uma limpeza prévia da superfície para a aplicação da cromatização.
ERRADO. A alternativa erra ao dizer que não é recomendado o procedimento de cromatização sobre camada de óxidos. Conforme, a cromatização é um processo em que o revestimento obtido é produzido em soluções contendo cromatos ou ácido crômico. Entretanto, o revestimento pode ser feito sobre o metal ou sobre camada de óxidos ou de fosfatos. No primeiro caso, o objetivo é aumentar a resistência à corrosão como no aço galvanizado, para evitar a corrosão ou oxidação branca ou melhorar a aderência de tintas sobre materiais metálicos, como alumínio e magnésio ou suas ligas. Já no segundo caso, é utilizado como vedante de poros suplementando a proteção dada pelas camadas de óxido ou fosfatos obtidos respectivamente por anodização ou fosfatização.
(B) A eficiência dos revestimentos depende da retirada de impurezas de uma superfície metálica. Uma maneira de realizar a limpeza correta da superfície é através de uma ação mecânica, como a utilização de lixas mecânicas, que são eficientes em desempenhar a limpeza de superfícies com carepa de laminação intacta e praticamente sem corrosão.
ERRADO. As normas SIS 05 5900 e ISSO 8501 estabelecem quatro graus de enferrujamento a que uma chapa laminada a quente pode chegar por exposição ao ambiente, de acordo com a degradação da carepa de laminação:
· Grau A: superfície de aço com carepa de laminação intacta e praticamente sem corrosão;
· Grau B: superfície de aço com princípio de corrosão, onde a carepa de laminação começa a desagregar;
· Grau C: superfície de aço onde a carepa de laminação foi eliminada pela corrosão ou que possa ser removida por meio de raspagem, podendo apresentar formação leve de alvéolos;
· Grau D: superfície de aço onde a carepa de laminação foi eliminada pela corrosão com formação de severa corrosão alveolar.
Nos serviços de manutenção de pintura industrial, a preparação de superfícies metálicas por meio de ferramentas mecânicas e/ou manuais é indicada para os casos onde não é possível a utilização do jateamento abrasivo, como, por exemplo, devido à proximidade de motores, painéis elétricos e outros equipamentos que possam ser prejudicados pelo pó abrasivo ou até mesmo pela deposição deste durante a operação de limpeza.
São exemplos de ferramentas manuais mais utilizadas: lixas, escovas de aço, raspadeiras e martelos de impacto. Já exemplos de ferramentas mecânicas são: pistolas de agulha, escovas de aço e lixadeiras rotativas.
Os padrões de limpeza de superfícies de aço, estabelecidos pelas normas SIS 055900-1967 e ISSO 8501, são o St 2 e o St3, os quais correspondem, respectivamente, aos padrões SP-2 e SP-3 da norma SSPC.
· Graus St 2 – superfície de aço tratada com ferramentas manuais ou mecânicas com remoção de carepa de laminação solta, ferrugem e tinta existente soltas e outros contaminantes estranhos. A superfície deve ser limpa com aspirador, ar comprimido seco e limpo ou escova de pelo. Esta limpeza não se aplica a grau de intemperismo A;
· Grau St 3 – superfície de aço tratada com ferramentas manuais ou mecânicas de maneira mais minuciosa e vigorosa que no grau St 2, devendo, após o tratamento, apresentar brilho metálicos característico. Esta limpeza não se aplica a grau de intemperismo A.
Destaca-se que a limpeza por meio de ferramentas mecânicas e/ou manuais não remove completamente os produtos de corrosão da superfície. Veja a figura abaixo:
Figura: representação do aspecto do aço, antes a após a preparação da superfície por meio de ferramentas mecânicas.
Como pode ser observado, o método de preparação de superfícies metálicas por meio de ferramentas mecânicas e/ou manuais não se aplica a superfícies de aço com grau A de oxidação, quais sejam, superfícies com carepa de laminação intacta.
(C) O processo de proteção catódica por corrente impressa é um método que emprega uma corrente elétrica a partir de uma fonte eletromotriz, de tal forma que a estrutura apresente um comportamento catódico. Uma das desvantagens desse método é a impossibilidade de aplicar em eletrólitos de baixa resistividade elétrica.
ERRADO. No processo de proteção catódica por corrente impressa o fluxo de corrente fornecido origina-se da força eletromotriz de uma fonte geradora de corrente elétrica contínua, sendo largamente utilizados retificadores que, alimentados com corrente alternada, fornecem a corrente elétrica contínua necessária à proteção da estrutura metálica.
Para a dispersão dessa corrente elétrica no eletrólito são utilizados anodos especiais, inertes, com características e aplicações que dependem do eletrólito onde são utilizados.
O erro da alternativa consiste em dizer que a desvantagem do método é a impossibilidade de aplicar em eletrólitos de baixa resistividade elétrica.
A grande vantagem do método por corrente impressa consiste no fato de a fonte geradora (retificador de corrente) poder ter a potência e a tensão de saída de que se necessite, em função da resistividade elétrica do eletrólito. Assim, esse método se aplica à proteção de estruturas em contato com eletrólitos de baixa (3.000 a 10.000 ), média (10.000 a 50.000 ), alta (50.000 a 100.000 ) e altíssima (acima de 100.000 ) resistividade elétrica.
(D) É recomendável utilizar um anodo de magnésio quando se trata de proteção catódica de sacrifício aplicada aos trocadores de calor, pois o zinco, usualmente anódico em relação ao ferro, pode sofrer uma inversão de polaridade e se tornar catódico em contato com água em altas temperaturas.
CORRETO. A utilização dos anodos é função das características da estrutura a proteger e do tipo de eletrólito em contato com o material metálico. A tabela abaixo apresenta aplicações típicas dos anodos galvânicos:

Para trocadores de calor ou sistemas que operam com água aquecida, de fato, é recomendável o uso de anodos de magnésio devido ao fato de que o zinco, embora normalmente anódico em relação ao ferro, pode sofrer inversão de polaridade e tornar-se, então catódico em relação ao ferro, o que ocasionará corrosão do ferro.
Dessa maneira, a alternativa (D) é a opção correta.
Resposta: D