Gabarito: Letra B.
III-Errado.
Uterolíticos
As drogas uterolíticas são utilizadas para inibir o TPP há quase 50 anos. Durante todos esses anos, apenas duas drogas foram desenvolvidas especialmente para esse fim: a ritodrina (agonista beta-adrenérgico) e o atosiban (antagonista do receptor de ocitocina). As outras drogas foram adaptadas para a tocólise.
Atualmente, há 3 tipos de uterolíticos mais utilizados: agonistas beta-adrenérgicos, bloqueadores do canal de cálcio e antagonistas do receptor de ocitocina.
IV-Errado.
A nifedipina é um bloqueador dos canais de cálcio tipo 2 e inibe a entrada do fluxo de cálcio por meio de canais lentos do tipo L da membrana celular.7 Essa ação leva primariamente ao relaxamento do músculo liso, atuando principalmente sobre a musculatura vascular, uterina e vesical. Como resultado, a nifedipina diminui em 20% a pressão arterial sistólica, diastólica e média nas pacientes hipertensas, não ocasionando mudanças importantes sobre a pressão arterial nas normotensas,podendo ser utilizada para a inibição do trabalho de parto prematuro (TPP).
CONSIDERAÇÕES
- Menos de 30 % respondem á inibição do Trabalho de Parto.
- Os agentes inibidores não tratam a causa da ameaça de parto prematuro, apenas os sintomas - contrações uterinas.
- Em muitos casos o trabalho de parto prematuro nada mais é que um mecanismo de defesa do feto em escapar de um ambiente hostil.
PROTOCOLO EBSERH
Nifedipina A Nifedipina mostrou-se mais efetiva tanto no retardamento da evolução do trabalho de parto prematuro como no acompanhamento neonatal em relação aos beta-miméticos, assim como possui menos efeitos, sendo, portanto, o medicamento de escolha. Dose de Ataque: Iniciar 10 - 20 mg, via oral, acompanhado de 10 – 20 mg a cada 30 minutos, somente se as contrações persistirem, no máximo de 4 doses, com avaliação frequente da pressão. Dose de Manutenção: 20 mg, oral, a cada 8h, durante 48-72h. Uso por tempo superior não mostrou benefício (nível A).