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ID
211912
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Antropologia
Assuntos

Grande parte das preocupações teóricas contemporâneas da
antropologia diz respeito à possibilidade de superar dicotomias e
binarismos postulados pela antropologia clássica. Nesse contexto,
julgue o seguinte item.

Antigas críticas à sociologia durkheimiana, como a de Gabriel Tarde, vem sendo retomadas por autores contemporâneos, como Bruno Latour, para reafirmar a distinção entre natureza e cultura.

Alternativas
Comentários
  • Questão errada. Apenas para ajudar os não contribuintes q ultrapassaram o limite de respostas diárias.
  • Bruno Latour não reafirma a distinção em questão.


    Jamais Fomos Modernos
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Bruno_Latour
    Jamais Fomos Modernos, provavelmente seu livro mais famoso, analisa de forma perspicaz o fenômeno central do Ocidente: aquele que (segundo diz para si este mesmo Ocidente) o distinguiria dos demais povos selvagens, primitivos, não-ocidentais: o Projeto Moderno. A marca central do Ocidente seria sua modernidade, sua diferença dos seus Outros - e aquelas seriam todas, em alguma medida, categorias de acusação. O que Latour mostra é de que forma nossa Modernidade jamais passou de um projeto, que, diga-se de passagem, falhou. Tudo aquilo de mais fundamental que pretendemos construir como sendo moderno pode ser colocado entre parênteses, e é isso o que faz o filósofo francês. A primeira parte do livro é uma tentativa de mostrar quais seriam os fundamentos de nossa modernidade, a partir de uma polêmica histórica entre o filósofo Thomas Hobbes, e o cientista Robert Boyle, ambos britânicos. Tratava-se ali do projeto de separação entre províncias ontológicas distintas - Natureza e Cultura - e das possibilidades de se agir sobre elas. Latour procura mostrar de que forma isso não se efetiva na dita Modernidade, para num segundo momento do livro revisar os mais diversos aspectos de nossa filosofia, nossos saberes, evidentemente passando pelo discurso mor do Ocidente - a produção científica. Jamais tendo sido modernos, não podemos nem nos dar ao luxo de reformularmos o rótulo para pós-modernos. Melhor seria dizer, de nós mesmos, os não-modernos.