ERRADO.
Cupom cambial é o ônus provocado pela expectativa de depreciação da moeda nacional, provocada pela saída líquida de capital. É uma perda cambial previamente antecipada. Sua fórmula é simples: CC = (i – i*) – ê, isto é, a diferença entre juros internos e externos é descontada da expectativa de depreciação da moeda nacional que encarece a fuga e/ou o repatriamento de capital estrangeiro investido em título financeiro do País. Na reconversão cambial, o investidor estrangeiro avalia que pagará mais pelo dólar, diminuindo o lucro da operação.
Ou seja, é o rendimento em dólar, pago ao investidor que assume risco de investir em outra moeda (no caso brasileiro, o real), bem como a taxa de juro paga nos títulos com correção cambial. A diferença entre a taxa de juros interna e a desvalorização da taxa de câmbio do país equivale ao juro pago em dólar, ou cupom cambial. O cupom cambial tende a se elevar quanto maior for o risco de desvalorização do real, através do aumento dos juros internos.
Um exemplo: se o juro interno está em 15%, e o real se desvaloriza 5%, o cupom cambial fica em 9,5% (juro composto).
Se a desvalorização do real fica em 7%, o cupom cambial cai para 7,5%.
Por isso, se há risco de uma desvalorização mais forte do Real, o governo precisa aumentar os juros internos, para manter atraente o juro pago em dólar para os investidores.
A assertiva estaria correta se fosse assim descrita:
"À medida que aumenta a expectativa de desvalorização cambial, diminui o cupom cambial, que corresponde ao rendimento, em dólares, para os estrangeiros que assumem o risco de investir no Brasil."