Em sua obra Manicômios, prisões e conventos, Goffman descreve as táticas de adaptação à vida institucional. Cada tática representa uma forma de enfrentar a tensão entre o mundo original e o mundo insitucional, quais sejam:
afastamento da situação: o internado aparentemente deixa de dar atenção a tudo ... a abstenção total de participação em acontecimentos de interação.
GOFFMAN, E. "Manicômios, prisões e conventos". São Paulo: Perspectiva, 1974 p. 59
colonização: a experiência no mundo externo é usada como ponto de referência para mostrar como a vida no interior da instituição é desejável.
GOFFMAN, E. "Manicômios, prisões e conventos". São Paulo: Perspectiva, 1974 p. 60
conversão: o internado parece aceitar a interpretação oficial e tenta representar o papel de internado perfeito. O convertido aceita uma tática mais disciplinada, moralista e monocromática.
GOFFMAN, E. "Manicômios, prisões e conventos". São Paulo: Perspectiva, 1974 p. 61
intransigência: o internado intencionalmente desafia a instituição ao visivelmente negar-se a cooperar com a equipe dirigente. É geralmente temporária e constitui uma fase inicial de reação.
GOFFMAN, E. "Manicômios, prisões e conventos". São Paulo: Perspectiva, 1974 p. 60
viração: uma combinação um pouco oportunista de ajustamentos secundários de forma que a pessoa terá, nas circunstâncias específicas, uma possibilidade máxima de não sofrer física ou psicologicamente.
GOFFMAN, E. "Manicômios, prisões e conventos". São Paulo: Perspectiva, 1974 p. 62