SóProvas


ID
2156569
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contrário das outras situações de contestação política na América portuguesa, é que o projeto que lhe era subjacente não tocou somente na condição, ou no instrumento, da integração subordinada das colônias no império luso. Dessa feita, ao contrário do que se deu nas Minas Gerais (1789), a sedição avançou sobre a sua decorrência.

JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000.

A diferença entre as sedições abordadas no texto encontrava-se na pretensão de

Alternativas
Comentários
  • [B]

    As duas mais importantes revoltas emancipacionistas, ou seja, que planejavam a emancipação, a independência, foram a inconfidência mineira e a conjuração baiana. Em minas a conspiração não chegou a tomar às ruas, foi elitista, queriam liberdade comercial, a independência das minas, mas não tinham um consenso sobre a abolição da escravidão. A conjuração baiana além de ter sido um grande movimento que tomou as ruas, foi popular com a participação de negros alforriados e pretendiam a abolição imediata da escravidão. Questão clássica. As duas rebeliões são sempre comparadas nestes aspectos.

  • A Conjuração Baiana foi também chamada de Revolta dos Alfaiates porque reuniu mulatos e negros livres ou libertos ligados a profissões urbanas, como artesãos e soldados. Reclamavam sobretudo melhorias das más condições de vida da cidade de Salvador. Republicana e abolicionista, a revolta reivindicava o livre-comércio na Colônia (notadamente com a França), aumento de salário para os militares e a punição dos padres contrários à liberdade dos escravos. A Bahia era a região onde os motins de escravos eram frequentes e o medo de uma haitianização do Brasil gerou repressão violenta. A inspiração da Revolução Francesa era clara nessa revolta que foi a primeira expressão de uma conjuração de raiz popular a combinar claramente independentismo com reivindicações sociais. 

       Já a Inconfidência Mineira é decorrente do agravamento de problemas locais, sobretudo do aumento das tensões econômicas advindas da política agressivamente fiscalista do Marquês de Pombal. A entrada do Visconde de Barbacena, cujas instruções eram garantir a arrecadação de 100 arrobas de ouro por ano, agravou o descontentamento. Os inconfidentes iniciaram o planejamento da revolta antes mesmo que a cobrança da derrama fosse decretada e não chegaram a concretizar seus planos, pois foram denunciados e o governo suspendeu a derrama para evitar mobilização popular. A intenção da maioria dos inconfidentes era proclamar a República (ideias iluministas) tomando como modelo a Constituição dos EUA, liberar o distrito diamantino das restrições que pesavam sobre ele, perdoar os devedores da Coroa, incentivar a instalação de manufaturas e extinguir a manutenção de um Exército permanente. É importante remarcar que, diferente da Conjuração Baiana, não havia unanimidade entre os inconfidentes em relação à abolição da escravidão.
    A resposta correta é a letra B. 
  • Resposta B

    ------------------------

    Diferentemente da Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana (ou dos Alfaiates) teve preocupações sociais, além dos objetivos políticos comuns às duas conspirações. Com efeito, o movimento baiano, influenciado pelos ideais jacobinos da Revolução Francesa e pela revolta dos negros haitianos, possuía um projeto de igualdade racial que implicava a supressão da escravatura.

  • comentário da professora:

    A Conjuração Baiana foi também chamada de Revolta dos Alfaiates porque reuniu mulatos e negros livres ou libertos ligados a profissões urbanas, como artesãos e soldados. Reclamavam sobretudo melhorias das más condições de vida da cidade de Salvador. Republicana e abolicionista, a revolta reivindicava o livre-comércio na Colônia (notadamente com a França), aumento de salário para os militares e a punição dos padres contrários à liberdade dos escravos. A Bahia era a região onde os motins de escravos eram frequentes e o medo de uma haitianização do Brasil gerou repressão violenta. A inspiração da Revolução Francesa era clara nessa revolta que foi a primeira expressão de uma conjuração de raiz popular a combinar claramente independentismo com reivindicações sociais. 

    Já a Inconfidência Mineira é decorrente do agravamento de problemas locais, sobretudo do aumento das tensões econômicas advindas da política agressivamente fiscalista do Marquês de Pombal. A entrada do Visconde de Barbacena, cujas instruções eram garantir a arrecadação de 100 arrobas de ouro por ano, agravou o descontentamento. Os inconfidentes iniciaram o planejamento da revolta antes mesmo que a cobrança da derrama fosse decretada e não chegaram a concretizar seus planos, pois foram denunciados e o governo suspendeu a derrama para evitar mobilização popular. A intenção da maioria dos inconfidentes era proclamar a República (ideias iluministas) tomando como modelo a Constituição dos EUA, liberar o distrito diamantino das restrições que pesavam sobre ele, perdoar os devedores da Coroa, incentivar a instalação de manufaturas e extinguir a manutenção de um Exército permanente. É importante remarcar que, diferente da Conjuração Baiana, não havia unanimidade entre os inconfidentes em relação à abolição da escravidão.
    A resposta correta é a letra B. 

  • Ué, "ao contrário das outras situações de 'contestação política ' na América portuguesa"

  • Conjuração Baiana > defesa da libertação das garras portuguesas e o fim da escravidão

    Conjuração Mineira > contra a derrama e o domínio português

  • Letra B

    O proposito do movimento baiano de 1798 era a igualdade racial.

  • Gabarito B, revoltas separatistas:

    → Inconfidência Mineira (Vila Rica/Ouro Preto - 1789):

    • Motivo: Ciclo do ouro em decadência e eram contra a Derrama (recolhimento forçado de impostos para a população);

    • Participaram: A elite (com ideais iluministas);

    • Consequências: Joaquim Silvério dos Reis delata o movimento em troca de perdão de dívidas e o movimento perde força.

    Conjuração Baiana/Alfaiates (Salvador/Bahia - 1789):

    • Motivo: Devido a troca da capital (BA → RJ) causou impactos financeiros, queriam abolir a escravidão, diminuir impostos e aumentar salários, abrir portos e proclamar a República;

    • Participaram: Humildes e pessoas com profissões urbanas (alfaiates);

    • Consequências: A entrega de panfletos delatou o movimento e a Coroa agiu violentamente para reprimir.