A Operação Condor foi uma articulação político-militar internacional firmada entre países da América do Sul a partir da segunda metade da década de 1970. Entre esses países, estavam Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia e Brasil, à época em que neles prevaleciam regimes políticos comandados por militares. O objetivo da operação era debelar estruturas de organizações político-revolucionárias de orientação comunista a partir do compartilhamento de informações dos sistemas de inteligência e da ação conjunta das forças de repressão desses países. A Operação Condor tornou-se tema de grandes discussões após o fim dos regimes militares e o consequente processo de redemocratização dos países citados.
Desenvolvimento da operação
A sequência de golpes de Estado operados por militares na América Latina, na segunda metade do século XX, ocorreu na seguinte ordem: em 1954, no Paraguai; em 1964, no Brasil; em 1966, Argentina; em 1970, na Bolívia e, em 1973, no Chile e no Uruguai. Em alguns desses casos, a central de inteligência dos EUA (CIA) forneceu apoio direto e indireto – o que foi recorrente também em algumas missões da Operação Condor. Como alguns países, como o Brasil, anteciparam-se na criação de aparelhos de repressão, os outros que vieram na sequência da cadeia de instauração do militarismo acabaram por partilhar da experiência do vizinho. Foi nessa ambiência que a Operação Condor foi montada.