Para Robert Castel, a exclusão social se dá através do processo de produção e consumo na sociedade capitalista, os indivíduos são, desta maneira, integrados ou desintegrados dependendo de sua posição neste processo. Isto é, ter um emprego e ser assalariado não quer dizer exatamente que você está incluído ou excluído, mas faz de você um indivíduo que participa do processo e que por meio dele consome também, portanto torna-se um indivíduo útil e integrado à sociedade produtiva (salarial). Mas, pode ser que seu emprego seja temporário, condição muito comum na sociedade atual que é um reflexo das políticas de precarização do trabalho, neste mês você pode ter um emprego, mas no outro mês tornar-se desempregado. Assim você continuará dependente do consumo e do trabalho assalariado, precisará comer, morar, satisfazer necessidades, mas como? Se não possui emprego. Robert Castel, nesse sentido afirma que é bem difícil traçar uma linha que separe os excluídos da sociedade e aqueles que possuem um emprego, mas estão precarizados. Ele afirma: "Os excluídos são, na maioria das vezes, vulneráveis que estavam "por um fio" e que caíram [...]. Os excluídos não têm nada a ver com a escolha de uma política de flexibilidade das empresas, por exemplo - salvo que sua situação é, concretamente, a consequência dessa escolha. Encontram-se desfiados". (CASTEL, 1998, p. 569). Resumidamente, o processo de exclusão social acontece então pela inserção no processo de trabalho e consumo na sociedade salarial.