Acidente por aranha do gênero Loxosceles “Aranha marrom”
Mecanismo de ação do veneno: O mecanismo de ação do veneno loxoscélico resulta, principalmente, da atividade tipo esfingomielinase D, podendo ocasionar dermonecrose local (loxoscelismo cutâneo) e, mais raramente, hemólise intravascular (loxoscelismo cutâneo-hemolítico ou cutâneo-visceral).
Quadro clínico:
Loxoscelismo cutâneo:
o É o mais comumente observado;
o A picada é inicialmente pouco valorizada (dor de pequena intensidade);
o Nas primeiras horas pós-picada (2-8 horas): a lesão é geralmente incaracterística (edema leva e eritema no local da picada);
o Posteriormente, dentro das primeiras 12-24 horas, o local acometido pode evoluir com palidez mesclada com áreas equimóticas (“placa marmórea”), instalada sobre uma região endurada (empastamento doloroso, percebido a palpação), cercado por eritema de tamanho variável;
o Também podem ser observadas vesículas e/ou bolhas sobre a área endurada, com conteúdo sero-sanguinolento ou hemorrágico; algumas vezes, no início, o aspecto pode ser “herpetiforme”. A enduração e a dor em queimação se intensificam, acompanhando a progressão da placa marmórea e do eritema;
o A lesão cutânea tende a se estender gravitacionalmente, podendo evoluir para necrose seca que, quando destacada, pode deixar uma úlcera de profundidade e extensão variáveis, que pode levar semanas para cicatrizar.
o Mais raramente, pode ser observada uma forma predominantemente edematosa, principalmente quando a picada ocorre em áreas de tecido frouxo (ex. face).
o É comum a queixa de manifestações inespecíficas como febre, mal-estar geral, fraqueza, náusea, vômitos, mialgia; o A presença de exantema do tipo morbiliforme ou escarlatiforme reforça a hipótese diagnóstica de loxoscelismo.
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/marco/13/Protocolo-cl--nico---Acidente-por-aranha-do-g--nero-Loxosceles.pdf