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ID
2215366
Banca
IBADE
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No que diz respeito à Educação Especial e à Educação Inclusiva constata-se no discurso da ciência a gritante expansão da psicofarmacologia, como também as técnicas de controle do comportamento e de gestão do social. A ressonância explícita desse discurso pode ser encontrada no(a):

Alternativas
Comentários
  • O que seria o "modelo freudiano da massificação"?

  • De acordo com o modelo de Freud (1921/1996b), a relação objetal ou erótica com um ideal ou objeto externo comum une os indivíduos à medida que seus "Eus" se identificam entre si, em um processo no qual seus ideais - peça fundamental na formação do Eu - são capturados por um ideal externo e comum ao coletivo. Assim, as relações sociais ou grupais dependeriam, dentre outras coisas, das forças eróticas presentes na realidade psíquica e atuariam também como fonte da construção dos ideais e, logo, do processo de identificação e configuração do Eu. Mas é em O mal-estar na civilização que Freud (1930/1996c) pensará no par indissociável indivíduo-sociedade a partir do conflito entre Eros e as pulsões de morte. A renúncia às pulsões, à coisa sexual, causa e também imposição da civilização, em nome de um bem maior e comum aos sujeitos, deixaria a eles somente a possibilidade de satisfazerem com substitutos, sob pena de serem excluídos dela.

    Assim, surge uma questão: como podem os indivíduos viverem quando "a organização de massa expulsou de suas metas comuns a preocupação da [sua] conservação material e moral" (Zaltzman, 1999b, p. 15)? Em um contexto de massas, ou de um amor totalitário, em que a pulsão de morte e suas possíveis representações conscientes são denegadas e expulsas na forma da violência, não haveria o clínico de atentar para justamente aquilo que é excluído, e a consequente reação frente à essa exclusão ou denegação? Nesse contexto, que iremos chamar de experiências-limite, acredita-se que é justamente a pulsão de morte quem serve de aguilhão para resistir à destruição. Será ela a responsável por instaurar a luta pela sobrevivência quando as garantias mínimas se desmancharam por terra, quando desmandos totalitários ameaçam tanto as vidas individuais quanto, paradoxalmente, até mesmo a continuidade da própria coletividade.