Em 1819, o viajante francês Auguste de Saint-Hilaire, hospedou-se na região, a qual mencionou de Fazenda das Antas. Um conhecido desbravador da região, o marechal Raimundo de Cunha Matos, chegou a afirmar em suas andanças a citada propriedade, encravada no rio das Antas, nome este por sinal, face o local na época ter grande quantidade de antas. A origem dessa localidade é quase certa que fica nas redondezas do Córrego Góis, Ribeirão das Antas, Córrego dos Nunes, Córrego Capuava, Córrego Cesário, Córrego Água Fria, Córrego João de Aí, tinha como residência os senhores Joaquim e Manuel Rodrigues dos Santos, José Inácio de Sousa, Manuel e Pedro Rodrigues (Roiz), Camilo Mendes de Morais, Manuel Rodrigues da Silva, todos lavradores e mais comunidade por volta de 1865. Por ser um local aprazível, com bom pasto e muita água, tornou-se logo um ponto de encontro entre viajantes e tropeiros surgindo em seguida casas e palhoças
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Percorrendo a extensa faixa de terras entre Jaraguá e Silvânia, alguns viajantes fixaram ali residência, principalmente na cabeceira do rio/riacho das Antas
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Afirma a tradição que, por volta de 1859, passando pela região da fazenda de Manuel Rodrigues, Dona Ana das Dores, natural de Jaraguá, perdeu ali um de seus animais de carga que conduzia uma imagem de Santana. Encontrado o animal, os tropeiros não conseguiram erguer a tal mala que continha a imagem, o que levou Dona Ana a interpretar o fato ocorrido como um desejo da santa de permanecer no local. Dona Ana então prometeu doá-la à primeira capela que fosse erguida no local.
Em 1870, muda para o vilarejo Gomes de Sousa Ramos, filho de Dona Ana das Dores, homem experiente e viajado, conseguiu dos moradores a doação de uma gleba de terra para o patrimônio da Senhora Santana e, no ano seguinte, construía um templo em seu louvor, a primeira igreja da cidade, no mesmo local onde hoje se encontra a Catedral de Santana. Com o crescimento local a denominação passou a ser Capela de Santana das Antas.
Gabarito: E
Comentário:
O começo da povoação na região das Antas onde hoje se encontra Anápolis, teve início em meados do século XVIII, graças ao movimento de tropeiros na região em direção às lavras de ouro das vilas próximas, como Corumbá e Meia Ponte. Na época a cidade de Anápolis tinha o nome de Freguesia de Sant´Anna das Antas fazia parte do território da Intendência de Meia Ponte.
A emancipação foi idealizada e executada por Zeca Batista e Gomes de Sousa Ramos cuja luta resultou na emancipação política e administrativa da Freguesia na categoria de Vila (1887) que na época pertencia ao território da interdependência de Meia Ponte (Pirenópolis).
Devido a múltiplos obstáculos, sobretudo, pelas dificuldades levantadas pelas autoridades meiapontenses, pelo advento da Lei Áurea (1888) e pela Proclamação da República (1889), a instalação oficial da Vila só se concretizou em 10 de março de 1892, com José da Silva Batista sendo nomeado presidente da Junta Administrativa da Vila de Santana das Antas.