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ID
2234500
Banca
FGV
Órgão
SME - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Diante dos sinais de esgotamento do “milagre econômico” e da ditadura militar, o governo Ernesto Geisel pôs em marcha o projeto de abertura “lenta, gradual e segura”, visando à transição para o regime democrático.

Assinale a opção que caracteriza corretamente um dos passos deste processo.

Alternativas
Comentários
  • A resposta é a letra C (Lei da Anistia), porém não concordo muito.

    O Governo de Geisel foi o governo que começou a sentir as derrocadas do "milagre econômico". Se antes os civis comuns já estavam insatisfeitos, nesta época os militares também sentiam a pressão da crise.
    Geisel começou a melhorar a situação abrindo espaço institucional para a oposição. No entanto esta abertura foi "lenta, gradual e segura" com o intento de não provocar um "acerto de contas". Os efeitos negativos da ditadura deveriam ser esquecidos paulatina e concomitantemente à introdução da oposição no governo.
    Uma das medidas finais de Geisel (já quase entregando o governo a Figueiredo) foi a promulgação da Emenda Constitucional de número 11 (EC-11) que colocava fim ao Ato Institucional de número 5 (AI-5). Assim, já no governo de Figueiredo o bipartidarismo deu lugar ao pluripartidarismo (uma vez que o MDB foi fragmentado em outros partidos de oposição).
    Em todo caso este foi um importante passo para a criação da Emenda Constitucional Dante de Oliveira que impulsionou o movimento "Diretas Já" e deu fim à Ditadura.

    A Lei da Anistia não foi promulgada pelo Governo Geisel e sim pelo Governo de João Figueiredo.
    Assim, o movimento de Diretas Já (diretamente influenciado por uma EC de Geizel) mais se aproxima da resposta do que a criação da Lei da Anistia.

  • a) Lei Falcão proibia o debate político nos meios de comunicação.

    b) Pacote de Abril criou a figura do Senador biônico, governador não.

    d) O objetivo do pluripartidarismo era fragmentar a oposição. 

    e) A Emenda Dante de Menezes (mais conhecida como "Diretas já") não foi aprovada pelo Congresso.

  • Pessoal,  a questão não pede pra marcar a alternativa em que a opção  ocorreu no governo de Geisel, a questão pede pra marcar a opção que caracteriza corretamente um dos passos deste processo( qual processo?)  processo de abertura “lenta, gradual e segura”, visando à transição para o regime democrático.

    Lembrem-se que  o processo começou no Governo de Geisel, mas ele também continuou no governo de João Figueiredo.

  • Letra C.

    Sobre a Lei Falcão:

    A Lei Falcão (Lei nº 6339/76) foi criada em 1 de julho de 1976 e recebeu o nome de seu criador, o então Ministro da Justiça, Armando Falcão [1]. Esta lei foi criada durante o governo Geisel (vigente de 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979) e visava implementar mudanças em relação às propagandas eleitorais transmitidas por televisão e rádio no território brasileiro . A partir da promulgação da lei, que propôs uma nova redação ao art. 250 do Código Eleitoral, candidatos de quaisquer partidos estavam proibidos de anunciar, em suas propagandas, outras informações além de breves dados sobre sua trajetória de vida. Também era vetada a veiculação de músicas com letra - bem como discursos ou imagens. A única exceção era em relação à foto do candidato, que poderia ser exibida na televisão, juntamente com seu respectivo nome, partido e a leitura de seu currículo. Era permitido, ainda, a menção do horário e local dos comícios. Outra determinção da lei era em relação ao tempo de duração do mandato presidencial, que passava de cinco para seis anos.[2]

    Segundo o governo militar, a Lei teria como objetivo dar igualdade aos candidatos e partidos políticos no tempo de sua apresentação aos brasileiros, já que nem todos os partidos proviam do dinheiro necessário para conseguir, na televisão e no rádio, o mesmo tempo que os demais. Desse modo, a Lei Falcão restringia o tempo de todos os partidos a um padrão, de modo que, na versão oficial, nenhum fosse prejudicado. Candidatos mais abonados ou de partidos políticos mais ricos seriam apresentados ao público votante de forma exatamente igual a candidatos mais pobres ou de partidos com menor capacidade econômica - embora, na época, existissem apenas dois partidos (a ARENA, que dava sustentação à ditadura militar, e o MDB, oposição ao regime). O formato restringia as possibilidades de exposição de ideias, já que não permitia a veiculação de qualquer ideal, e era uma maneira considerada "lenta, gradual e segura”[3] de uma abertura política proposta pelo então presidente.

    A opinião dominante é que a lei fora implementada para tentar diminuir a simpatia do público para com o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), já que este era um partido oposto à Ditadura, na época, e vinha cada vez mais ganhando o apoio da população. Dessa forma, a crítica ao regime militar seria evitada nos horários políticos eleitorais.[4]

    A partir de 1984, a propaganda eleitoral voltou a ser liberada na televisão e, em 1985, as disposições sobre propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão passaram a ser dadas pela legislação regulamentadora de cada eleição. A Lei nº 9.504/97, art. 107, revogou o artigo 250 do Código Eleitoral e atualmente regulamenta a propaganda eleitoral brasileira. [4]

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Falc%C3%A3o