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ID
2236462
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

      O Movimento Negro Unificado (MNU) distingue-se do Teatro Experimental do Negro (TEN) por sua crítica ao discurso nacional hegemônico. Isto é, enquanto o TEN defende a plena integração simbólica dos negros na identidade nacional “híbrida”, o MNU condena qualquer tipo de assimilação, fazendo do combate à ideologia da democracia racial uma das suas principais bandeiras de luta, visto que, aos olhos desse movimento, a igualdade formal assegurada pela lei entre negros e brancos e a difusão do mito de que a sociedade brasileira não é racista teriam servido para sustentar, ideologicamente, a opressão racial.

COSTA, S. Dois Atlânticos: teoria social, antirracismo, cosmopolitismo. Belo Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado).

No texto, são comparadas duas organizações do movimento negro brasileiro, criadas em diferentes contextos históricos: o TEN, em 1944, e o MNU, em 1978. Ao assumir uma postura divergente da do TEN, o MNU pretendia 

Alternativas
Comentários
  • Um dos conceitos mais polêmicos da sociologia brasileira é o de "democracia racial" atribuído ao sociólogo brasileiro Gilberto Freyre. Utilizado com bastante força durante o período militar, o conceito foi empregado para afirmar uma democracia política entre as raças, um cenário idílico no qual negros e brancos e índios conviveriam na mesma sociedade gozando dos mesmos direitos, deveres e oportunidades, ou seja, da mesma cidadania. A realidade, porém, mostrava ao negro que entre o discurso e a vivência um absimo estava formado e foi nessa chave que o movimento negro contra atacou. A igualdade não existia, o negro era marginalizado na sociedade brasileira a partir de todas as suas manifestações. Foi feito escravo, teve sua religião, sua música, sua luta e dança proibidos e perseguidos em diversas épocas e somente foi aceito sob uma tutela do Estado. Nas relações de trabalho e acesso aos bens da sociedade o negro também não era igual ao branco. Morador de áreas mais precárias, acabava recebendo educação inferior e ocupando cargos menos especializados e de salários mais baixos. No reconhecimento do valor cultural e histórico, menos igualdade ainda. A África e o negro somente surgiam sob a estampa da "escravidão". Não havia "democracia racial", em nenhum sentido, e foi essa a diretriz do MNU ao contrário do TEN. A resposta, portanto, é letra B.

    Gabarito do professor: Letra B

  • Resposta A

     

    "...fazendo do combate à ideologia da democracia racial uma das suas principais bandeiras de luta, visto que, aos olhos desse movimento, a igualdade formal assegurada pela lei entre negros e brancos e a difusão do mito de que a sociedade brasileira não é racista teriam servido para sustentar, ideologicamente, a opressão racial."

  • Resposta B

    " aos olhos desse movimento, a igualdade formal assegurada pela lei entre negros e brancos e a difusão do mito de que a sociedade brasileira não é racista teriam servido para sustentar, ideologicamente, a opressão racial"

     

  • Mas na letra B os movimentos n estão divergindo, ambos defendem o fim da permanência do racismo nas relações sociais e não apenas o MNU :/ .

     

  • Letra B

    Segundo o texto, o MNU critica o TEN, pois o mesmo defende que existe uma democracia racial na nossa cultura. Segundo o MNU, não existe nenhuma democracia na forma como houve a miscigenação no nosso país e nem tão pouco vivemos em uma sociedade sem racismo, pelo contrário, ainda encontramos traços fortes desse racismo no nosso cotidiano.

  • Um dos conceitos mais polêmicos da sociologia brasileira é o de "democracia racial" atribuído ao sociólogo brasileiro Gilberto Freyre. Utilizado com bastante força durante o período militar, o conceito foi empregado para afirmar uma democracia política entre as raças, um cenário idílico no qual negros e brancos e índios conviveriam na mesma sociedade gozando dos mesmos direitos, deveres e oportunidades, ou seja, da mesma cidadania. A realidade, porém, mostrava ao negro que entre o discurso e a vivência um absimo estava formado e foi nessa chave que o movimento negro contra atacou. A igualdade não existia, o negro era marginalizado na sociedade brasileira a partir de todas as suas manifestações. Foi feito escravo, teve sua religião, sua música, sua luta e dança proibidos e perseguidos em diversas épocas e somente foi aceito sob uma tutela do Estado. Nas relações de trabalho e acesso aos bens da sociedade o negro também não era igual ao branco. Morador de áreas mais precárias, acabava recebendo educação inferior e ocupando cargos menos especializados e de salários mais baixos. No reconhecimento do valor cultural e histórico, menos igualdade ainda. A África e o negro somente surgiam sob a estampa da "escravidão". Não havia "democracia racial", em nenhum sentido, e foi essa a diretriz do MNU ao contrário do TEN. A resposta, portanto, é letra B.

    Gabarito do professor: Letra B