Questão 2266612

• Banca: VUNESP
• Órgão: SP-URBANISMO
• Ano: 2014
• Provas: VUNESP - 2014 - SP-URBANISMO - Analista de Desenvolvimento - Planejamento / Projetos Urbanos / Paisagem e Meio Ambiente
• Disciplina: Engenharia Ambiental e Sanitária
• Assuntos: Hidrologia na Engenharia Ambiental e Sanitária; Recursos Hídricos

Acerca da classificação dos modelos e sistemas hidrológicos, é correto afirmar.

• A. A memória é infinita quando o sistema não depende de seu passado, ou seja, a entrada afeta o sistema apenas no tempo em que ela ocorre.
• B. Os modelos empíricos levam em consideração os processos físicos na sua elaboração, e também conhecidos como “caixa preta”.
• C. Um sistema é considerado linear quando as propriedades de superposição e de heterogeneidade são satisfeitas.
• D. O modelo é considerado estocástico quando produz sempre a mesma saída para a mesma entrada.
• E. Um modelo é considerado concentrado quando não leva em conta a variabilidade espacial.

Gabarito: E

Comentários

•  Os modelos empíricos não apresentam nenhuma relação com os processos físicos envolvidos, utilizam funções que são baseadas em análises estatísticas, por esse motivo, tais modelos também são denominados de modelos “caixa-preta”. B ERRADA

  Modelos concentrados são aqueles que não consideram a variabilidade espacial das variáveis hidrológicas envolvidas no processo modelado. GABARITO E

• Discordo do colega Consul Siqueira, os modelos empíricos apresentam relação com os processos físicos envolvidos, o erro da questão B é que a nomenclatura "caixa preta" refere-se aos modelos estocásticos

  Basicamente existem dois tipos de modelos hidrológicos:

  1) Modelos de base físicas: carácter determinístico ou empírico

  2) Modelos de base estocásticas: carácter probabilístico, aleatório ( por isso chamado de caixa preta)

• Modelação hidrológica é o campo funcional da hidrologia que visa o desenvolvimento e a validação de modelos hidrológicos, isto é de representações conceptuais simplificadas do ciclo hidrológico, ou de qualquer das suas componentes, visando a previsão hidrológica, a simulação de escoamentos ou da evolução da disponibilidade e da qualidade da água.

  Os modernos modelos hidrológicos agrupam-se em dois tipos principais:

  (1) os modelos com base nos processos físicos, em que se visa a simulação dos processos hidrológicos e de qualidade das águas através de equações de carácter determinístico ou empírico construídas com recurso aos conceitos da mecânica dos fluidos e de outros ramos da física, da química e da biologia;

  (2) os modelos estocásticos, construídos com recurso a relações assentes nas leis da probabilidade e na aplicações das regras da aleatoriedade, encarando os processo hidrológicos como uma caixa preta. Em geral a modelação hidrológica está associada à modelação da qualidade da água, sendo comuns os modelos que juntam ambas as componentes.

• Memória: é o espaço de tempo, no passado, durante o qual a entrada afeta o estado presente do sistema. Memória zero, para um sistema, significa que a entrada afeta o sistema somente no tempo em que ela ocorre. A memória infinita existe quando o sistema depende de todo o seu passado. Uma memória é finita quando o sistema depende da entrada ocorrida dentro de um período finito no passado. Exemplo: a memória de uma bacia hidrográfica (sistema) a uma determinada precipitação é o tempo que a água leva para infiltrar, percolar e escoar até a seção do rio que delimita a bacia.

• Sobre a letra C:

  Sistemas LINEARES - contemplam as características de ADITIVIDADE e HOMOGENEIDADE. Tais propriedades combinadas e denominada SUPERPOSIÇÃO.

• Sobre o item B

  Uma alternativa aos modelos conceituais são os modelos empíricos ou ‘caixa preta’, como também são conhecidos. Um modelo empírico é definido basicamente por uma equação matemática. A característica principal desse tipo de modelo consiste em estabelecer uma relação estável entre as variáveis de entrada e saída sem considerar neste processo as leis físicas que governam o processo natural de transformação da chuva em vazão.

  Fonte:https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/36870/R%20-%20D%20-%20MARCELO%20HENRIQUE%20PELEGRINI%20ROCHA.pdf?sequence=3