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ID
226870
Banca
FGV
Órgão
CAERN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A respeito das taxas de câmbio, analise as afirmativas a seguir:

I. No sistema de câmbio fixo, o Banco Central abdica da utilização da política fiscal.
II. No sistema de flutuação suja, o Banco Central deve intervir no mercado sempre que o câmbio aprecia.
III. No sistema de câmbio flutuante, déficits em transações correntes tendem a apreciar a taxa de câmbio para acabar com estes desequilíbrios.

Assinale

Alternativas
Comentários
  • I. No sistema de câmbio fixo, o Banco Central abdica da utilização da política fiscal. monetária
    II. No sistema de flutuação suja, o Banco Central deve intervir no mercado sempre que o câmbio aprecia. esporadicamente
    III. No sistema de câmbio flutuante, déficits em transações correntes tendem a apreciar a taxa de câmbio para acabar com estes desequilíbrios.  Para manter o equilibrio da BP é necessário a entrada de capitais externos, o que gerá apreciação do real
  • Alternativa E, todas estão erradas.

    Concordo com os comentários do João Fonseca quanto as afirmativas I e II. Quanto à afirmativa III tenho um outro ponto a destacar.

    "III. No sistema de câmbio flutuante, déficits em transações correntes tendem a apreciar a taxa de câmbio para acabar com estes desequilíbrios. "

    No regime de câmbio flutuante, o câmbio é definido pelas forças de mercado. Equivale às leis de oferta e demanda da microeconomia. Lembrem-se que o mecanismo de mercado tende ao equilíbrio entre oferta e demanda.
    Déficit em transações correntes indica que houve mais importações de bens (balança comercial) e serviços (balança de serviços) do que exportações. 
    Para comprar bens no exterior é necessário moeda estrangeira. Neste quadro há um excesso de demanda por divisas, o que leva o câmbio para um nível abaixo do equilíbrio (quanto menor o câmbio, mais apreciado será). Para voltar ao equilíbrio o câmbio tenderá a se depreciar e a demanda por divisas reduzir.


  • I. ERRO! No sistema de câmbio fixo, o Banco Central abdica da utilização da política Monetária, e não Fiscal. E faz isto porque a Política Monetária gera efeitos opostos, da seguinte forma:
    Atividade econômica aquecida -> BC eleva a SELIC – Pol. Mon. Contracionista -> Mas a SELIC mais alta atrai mais capitais especulativos (IEC) -> A entrada de IEC eleva as reservas internacionais e aprecia o câmbio. -> Como o câmbio é fixo, BC precisa enxugar estes dólares no mercado, comprando moeda estrangeira (ou vendendo moeda nacional) -> Expansão da base monetária – Pol. Mon. Expansionista. Percebe o antagonismo?

    II. ERRO! “No sistema de flutuação suja, o Banco Central deve intervir no mercado “sempre” que o câmbio aprecia”. Preste muita atenção no “advérbio complicativo”: SEMPRE! O BC não vai intervir sempre, mas esporadicamente, e se houver a quebra dos limites superior ou inferior da banda cambial, dentro da qual a cotação da moeda estrangeira pode oscilar.

    III. ERRO! “No sistema de câmbio flutuante, déficits em transações correntes tendem a apreciar a taxa de câmbio para acabar com estes desequilíbrios”. Para manter o equilíbrio da BP é necessária a entrada de capitais externos, o que vai gerar apreciação do real, e não da taxa de câmbio. Se STC < 0 (que é o caso do Brasil atualmente) há a necessidade de entrada de divisas na conta capital e financeira, gerando excesso de oferta, e derrubando a cotação da moeda estrangeira.