a) O contato indireto, como a manipulação de utensílios potencialmente contaminados, é considerado acidente de risco e exigem esquema profilático contra a raiva humana.
(Atenção: o contato indireto, como a manipulação de utensílios potencialmente contaminados, a lambedura da pele íntegra e os acidentes com agulhas durante aplicação de vacina animal não são considerados acidentes de risco e não exigem tratamento profilático para raiva.)
b) Ferimentos superficiais, com a presença ou não de sangue, são considerados acidentes graves.
(acidente leve)
c) Em caso de possível exposição ao vírus da raiva, a limpeza do local é importante; não se deve lavar o ferimento em água corrente, sob o risco de espalhar o vírus e sim lavar o local com soro fisiológico ou polvidine.
(é imprescindível a limpeza do ferimento com água corrente abundante e sabão, ou outro detergente, pois essa conduta diminui o risco de infecção)
d) Lambeduras de mucosas (no olho na boca ou nariz) são classificadas como acidentes graves.
Profilaxia pós-exposição: condutas em possíveis exposições ao vírus da raiva
• É imprescindível a limpeza do ferimento com água corrente abundante e sabão, ou outro detergente, pois isso diminui, comprovadamente, o risco de infecção.
- Realizar, o mais rápido possível, após a agressão, e repetir na unidade de saúde, independentemente do tempo transcorrido.
- A limpeza deve ser cuidadosa, visando eliminar as sujidades sem agravar o ferimento; em seguida, devem ser utilizados antissépticos que inativem o vírus da raiva (como o livinilpirrolidona-
-iodo, por exemplo, o polvidine ou gluconato de clorexidine ou álcool-iodado).
• Os antissépticos deverão ser utilizados uma única vez, na primeira consulta, e, posteriormente,
sempre que possível, a região deve ser lavada com solução fisiológica.
• Não se recomenda a sutura dos ferimentos. Quando for absolutamente necessário, aproximar as
bordas com pontos isolados. Havendo necessidade de aproximar as bordas, o soro antirrábico, se
indicado, deverá ser infiltrado 1 hora antes da sutura.
• Proceder à profilaxia do tétano segundo o esquema preconizado (caso o paciente não seja vacinado
ou tenha sido submetido a esquema vacinal incompleto) e uso de antibióticos nos casos indicados,
após avaliação médica. Para maiores informações, ver o Manual de Normas e Procedimentos para
Vacinação (2014).
• Nas aplicações seguintes da vacina, devem-se realizar cuidados gerais orientados pelo profissional
de saúde, de acordo com a avaliação da lesão.
• Utilizar a Ficha de Atendimento Antirrábico Humano para auxiliar na condução da anamnese.
• Quando o diagnóstico laboratorial do animal agressor for negativo pela técnica de IFD, o esquema
profilático do paciente, a critério médico, pode ser suspenso, aguardando-se o resultado da PB. Isso
não se aplica para equídeos (cavalos, burros, jumentos), exceto nos casos em que os fragmentos
encaminhados para diagnóstico destes animais tenham sido o tronco encefálico e a medula.
Os acidentes causados por animais devem ser avaliados quanto aos aspectos a seguir:
• Acidentes leves
- Ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e membros (exceto
mãos, polpas digitais e planta dos pés); podem acontecer em decorrência de mordeduras ou
arranhaduras causadas por unha ou dente;
- lambedura de pele com lesões superficiais.
• Acidentes graves
- Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpa digital e/ou planta do pé;
- ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo;
- lambeduras de mucosas;
- lambeduras de pele onde já existe lesão grave;
- ferimentos profundos causados por unhas de animais;
- qualquer ferimento provocado por morcego.
Os contatos indiretos, como a manipulação de utensílios potencialmente contaminados, a lambedura
na pele íntegra e acidentes com agulhas durante a aplicação da vacina animal, não são considerados
acidentes de risco e não exigem esquema profilático.