O trabalho relaciona o avanço das fronteiras econômicas e a política colonizadora do primeiro governo Vargas (1930-1945) com a integração do mercado interno brasileiro. Ao inserir novas áreas nos circuitos econômicos, vinculando-as aos centros dinâmicos da economia, e ao procurar garantir a manutenção da integridade territorial do país, o avanço da fronteira, por meio da colonização, visava à construção de um mercado potencial de grandes proporções e, com isso, o desenvolvimento de um padrão de acumulação nucleado pela industrialização. No período em questão, é possível perceber a existência de uma nítida “divisão do trabalho colonizador” entre iniciativas privadas e oficiais. A colonização do norte paranaense é um exemplo de iniciativa privada de colonização, ao passo que a experiência oficial vincula-se à colonização do sudoeste paulista, do Vale do Ribeira, e aos programas de integração de partes de Goiás e Mato Grosso. Palavras-chave: Política colonizadora. Primeiro governo Vargas. Colonização privada. Colonização oficial.
Julio Cesar Zorzenon Costa** Universidade Federal de São Paulo, Campus Osasco, Osasco, São Paulo, Brasil
A expansão da fronteira agrícola, nas últimas décadas do século XX, deu-se pelos fatos listados a seguir:
· A colonização oficial e privada, tendo em vista que o governo estimulou o avanço do povoamento e, consequentemente, a ocupação econômica da região Norte;
· A expansão das vias de circulação, especialmente durante o regime militar, quando a política de segurança nacional exigia um povoamento de zonas com baixa densidade populacional, a fim de afugentar ameaças estrangeiras. A BR-163, por exemplo, foi construída sob o lema “ocupar para não entregar”, que sintetizava a política da ditadura militar para a ocupação do “vazio” Amazônico. Esta política relaciona-se com o tema abordado no item anterior (colonização oficial e privada);
· Os movimentos espontâneos de imigração;
· Às diferenças quanto ao grau de tecnificação;
· A especialização da agricultura, como no cultivo da soja, que demanda áreas de cultivo cada vez maiores.
A alternativa C erra ao falar em tecnificação “homogênea” da produção, já que esta desenvolve-se em nosso país nas mais diversas formas. Sejam as mais sofisticadas, como as do agronegócio, sejam as mais rudimentares, como nas propriedades familiares.
Resposta: C