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ID
2296897
Banca
IF-RS
Órgão
IF-RS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em 2016, diante de evidências que corroboram o reconhecimento da relação entre o aumento do número de casos de microcefalia no Brasil e a infecção pelo vírus Zika, o Ministério da Saúde lançou o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia (BRASIL, 2016). Em relação às informações contidas nesse protocolo, analise as afirmativas, identificando com “V” as VERDADEIRAS e “F” as FALSAS.

( ) A infecção pelo vírus Zika afeta todos os grupos etários e ambos os sexos. É uma doença febril aguda, autolimitada na maioria dos casos, com baixa necessidade de hospitalização.

( ) Diante do aumento do número de casos de microcefalia, associados ou não à infecção pelo vírus Zika, as equipes de saúde devem direcionar suas ações, prioritariamente, para as gestantes. 

( ) É de extrema importância que as mulheres ou casais que desejam ter filhos recebam, dos profissionais da saúde, as orientações sobre a prevenção da infecção pelo vírus Zika e sobre os cuidados necessários para evitar essa infecção durante a gravidez, principalmente no primeiro trimestre. 

( ) Em casos de suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus Zika, a indicação da via de parto obstétrica recai sobre a operação cesariana, reduzindo o risco de complicações para o bebê.

( ) O Ministério da Saúde recomenda a manutenção da amamentação diante do cenário epidemiológico do vírus Zika. Estudos realizados na Polinésia Francesa, onde também houve aumento dos casos de microcefalia, não identificaram a replicação do vírus em amostras do leite.

A alternativa que preenche CORRETAMENTE os parênteses, na sequência de cima para baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • Não há indicação de alteração da via de parto obstétrica, ou seja, a infecção pelo vírus zika ou a microcefalia em si não são indicações de cirurgia cesariana. É importante destacar, ainda, que a cesariana desnecessária aumenta os riscos de complicações tanto para a mãe quanto para o bebê.

    A identificação do vírus zika na urina, no leite materno, na saliva e no sêmen pode ter efeito prático apenas no diagnóstico da doença, não se demonstrando que essas vias sejam importantes para a transmissão do vírus para outra pessoa. Estudos realizados na Polinésia Francesa não identificaram a replicação do vírus em amostras do leite, indicando a presença de fragmentos do vírus que não seriam capazes de produzir doença.

    A equipe de saúde deve manter as orientações e as ações de promoção da saúde e prevenção para toda a população, embora neste momento haja uma atenção especial às gestantes para evitar a infecção pelo vírus zika.

    FONTE: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_resposta_microcefalia_relacionada_infeccao_virus_zika.pdf

     

  • A infecção pelo vírus zika afeta todos os grupos etários e ambos os sexos e, à luz do conhecimento atual, é uma doença febril aguda, autolimitada na maioria dos casos, que leva a uma baixa necessidade de hospitalização e que, via de regra, não vinha sendo associada a complicações. A primeira afirmativa é verdadeira.

    Na atual situação de aumento do número de casos de microcefalia, agora também associados à infecção pelo vírus zika, as equipes de saúde devem considerar o combate ao mosquito Aedes aegypti como ações prioritárias no seu campo de atuação. Ou seja, a segunda afirmativa é falsa.

    Segundo o protocolo é importante que aquelas mulheres ou casais que desejam engravidar recebam as orientações necessárias dos profissionais de saúde sobre a prevenção da infecção pelo vírus zika e sobre os cuidados necessários para evitar essa infecção durante a gravidez, principalmente no primeiro trimestre. O seja, a terceira afirmativa é verdadeira.

    A atenção ao parto e nascimento não deve ser modificada exclusivamente em razão da suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus zika ou de microcefalia. Não há indicação de alteração da via de parto obstétrica, ou seja, a infecção pelo vírus zika ou a microcefalia em si não são indicações de cirurgia cesariana. Portanto a quarta afirmativa é falsa.

    A identificação do vírus zika na urina, no leite materno, na saliva e no sêmen pode ter efeito prático apenas no diagnóstico da doença, não se demonstrando que essas vias sejam importantes para a transmissão do vírus para outra pessoa. Estudos realizados na Polinésia Francesa não identificaram a replicação do vírus em amostras do leite, indicando a presença de fragmentos do vírus que não seriam capazes de produzir doença. Ou seja, a ultima afirmativa é verdadeira.

    Gabarito do Professor: Letra B


    Bibliografia

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.      Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus zika [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016.