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ID
2304178
Banca
IBFC
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Assinale a alternativa correta. O estágio de disposição para a mudança no tratamento da dependência química que acontece quando o dependente químico modificou sua relação com a substância e mantém-se abstinente já há alguns meses, sendo que a mudança tem consistência, e a recaída é uma ameaça menos intensa apesar de ainda presente, é conhecido de acordo com literatura específica da área como:

Alternativas
Comentários
  • A mudança no tratamento da dependência química transita em quatro estágios bem definidos: Pré-contemplação, Contemplação, Ação e Manutenção.

     

    A Manutenção é o estágio que constitui o grande desafio no processo de mudança. A estabilização do comportamento em foco é a marca deste estágio. É necessário um esforço constante do indivíduo para consolidar os ganhos conquistados nos outros estágios, principalmente no estágio de ação, além de um esforço contínuo para prevenir possíveis lapsos e recaídas. A mudança nunca é concretizada com a ação. Sem um forte compromisso no estágio de manutenção, a pessoa poderá ter recaídas, mais comumente encontradas nos estágios de pré-contemplação e contemplação (Bittencourt, 2009).

    http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2013000100018

  • Estágios Motivacionais de Prochaska e DiClemente (1986)

    Pré-contemplação – O indivíduo não acredita que o uso de álcool e/ou drogas seja prejudicial. Não existe a menor motivação para a mudança, seja abstinência seja redução da frequência ou intensidade do consumo. Muitas vezes existe uma idealização dos efeitos “eu fico mais criativo se fumo”, “eu consigo trabalhar a madrugada inteira com cocaína”… O profissional evita o confronto, sem faltar com sinceridade, muitas vezes flexibilizando o conceito de dependência ou motivando a busca por tratamento por motivos secundários (“mas essa tosse está ruim, não?”, “e quanto do seu salário você gasta com cocaína?”)

    2) Contemplação – Aqui prevalece a ambivalência do indivíduo com relação ao problema. Ainda que perceba prejuízos, defende-se minimizando os mesmos, ou contrapondo benefícios advindos do uso. Nessa fase o profissional pode fazer uso das tabelas de vantagens e desvantagens do uso e da abstinência, geralmente confrontando a manutenção do uso de drogas com os planos para o futuro que o paciente eventualmente apresentar.

    3) Planejamento ou Determinação – Nesse momento o adicto compreende o problema, e pede ajuda de fato. O papel do profissional é auxiliar a elaboração de estratégias de enfrentamento de realidade, identificar e trabalhar crenças negativas favorecendo o surgimento e/ou fortalecimento da autossuficiência – modificar as crenças disfuncionais como “se eu não fumar não vou conseguir trabalhar” ou “eu não consigo segurar a abstinência”. Basicamente oferecer soluções e diminuir barreiras de forma rápida, já que o retorno aos estágios anteriores é comum (especialmente quando o indivíduo usa a droga de preferência).

    4)Ação – Neste momento o dependente começa a aplicar as estratégias e o planejamento elaborados na fase anterior. O profissional oferece todo o suporte necessário, buscando envolver o núcleo familiar e a rede social mais próxima (sejam amigos ou companheiros de grupos anônimos).

    5) Manutenção – Busca-se nessa fase a estabilização da doença, tentando transformar as mudanças efetuadas na fase anterior em um novo (e mais saudável) estilo de vida. A prevenção de recaída (PPR) é uma das técnicas diretivas mais difundidas e estudadas, os grupos anônimos de mútuo-ajuda (Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos) fornecem uma rede social de suporte idealmente livre de julgamentos – o auxílio não-profissional deveria ser priorizado, exceto nos não-raros casos em que existe alguma comorbidade. A autossuficiência trabalhada nas fases anteriores não deve ser exagerada – um risco real, quando o adicto sente que controlou a situação, permitindo-se o primeiro gole ou um “único” trago…

    Fonte:http://kiai.med.br/2012/04/16/estagios-motivacionais-de-prochaska-e-diclemente-1986/