A demodicose é provocada pelo ácaro Demodex canis, um
parasita espécie específico, que pode fazer parte da microbiota da pele, sendo assim, estados de imunodeficiência, e conseqüentemente uma falha nos mecanismos de defesa próprios da derme, podem fazer com que o cão torne-se ecologicamente favorável à reprodução e crescimento da sarna
demodécica. O ácaro pode ser encontrado no interior dos folículos pilosos, glândulas
sebáceas, glândulas sudoríparas apócrinas cutâneas (Muller& Kirk, 1985). Sobrevive
alimentando-se do conteúdo das células epiteliais e sebo do folículo piloso (SCOTT et
al., 1996).
Sintomatologia - depilações e pequenas pápulas no cotovelo, no
jarrete a ao redor dos olhos. Posteriormente, aumento das áreas afetadas,
que se tornam vermelhas e inflamadas, acompanhado de intenso prurido. A pele torna-se
rugosa e descama, ocorrendo também tumefação e blefarite. Fase posterior é caracterizada pela generalização dos sintomas, também
chamado de forma pustular. Nesta fase ocorre invasão bacteriana em conseqüência da
dilatação dos folículos pilosos e glândulas sebáceas, surgindo pústulas e grandes
abscessos no abdômen, na face interna das coxas e no focinho. O cão exala um odor
repulsivo típico.