É uma doença de etiologia desconhecida, podendo ser causada por um defeito no orifício guturo-faríngeo, pregueamento da mucosa, espessamento da borda lateral do orifício, inflamação ou disfunção muscular, provocando a passagem unidirecional de ar pelo orifício, permitindo a entrada de ar, mas não a saída.
Aumento de volume flutuante, não inflamatório, indolor e complacente na região parótida, associado ou não com dispneia, são os principais sinais clínicos. Disfagia, pneumonia por aspiração, e até empiema da bolsa gutural secundário podem acontecer.
O diagnóstico é confirmado pelo exame físico, endoscopia e radiografia. O tratamento clínico com antibióticos e anti-inflamatórios é pouco efetivo. O tratamento cirúrgico consiste no aumento do orifício através da retirada de um segmento da prega da mucosa da tuba auditiva. ou Em outra técnica, o septo medial é fenestrado removendo-se um segmento de dois centímetros, para que o ar aprisionado na bolsa gutural obstruída passe para o lado oposto e seja eliminado, na faringe. Quando o envolvimento é bilateral os dois procedimentos devem ser combinados.
O prognóstico de animais portadores de timpanismo de bolsa gutural é bom, principalmente se a afecção é unilateral e se tratada nos estágios iniciais.