A Margem de Contribuição (MC) ou Contribuição Marginal é o resultado da diferença entre o preço de venda e os custos e despesas variáveis incorrido em cada produto, linha de produtos, serviços, processos, segmentos, enfim, a cada um dos objetos em que se p ode dividir a atividade de uma empresa. Destina-se a mostrar o quanto sobrou da receita dir eta de vendas, depois de deduzidos os custos e as despesas variáveis de fabricação, para pagar (ou cobrir) os custos periódicos e gerar lucro no período.
Em uma situação em que a empresa visa elevar seus resultados, mas defronta-se com uma limitação (escassez ou insuficiência) de seus recursos, seja ela matéria-prima e/ou horas de produção, geralmente surge por parte dos gestores o questionamento sobre quais os produtos deveriam ser produzidos e incentivados em suas vendas, e quais deveriam ser eliminados ou reduzidos da produção. Nesta situação deve-se analisar a MC do produto segundo a limitação da capacidade produtiva. Vale ressaltar que "o produto de maior Margem de Contribuição, em condições normais, nem sempre continuará sendo o mais lucrativo em um contexto e limitação da capacidade produtiva.
Segundo Martins (2008), a teoria das Restrições (Theory of Constrainsts) visa identificar as restrições (gargalos) dos sistemas produtivos para otimizar a produção nesses pontos, e consequentemente, maximizar o lucro da empresa. A restrição é qualquer coisa que limita um melhor desempenho de um sistema (toda empresa possui pelo menos uma restrição, visto que se não a tivesse os ganhos da organização seriam infinitos)
A TOC apóia-se nos seguintes pressupostos principais:
a) Todo sistema possui no mínimo um fator de restrição;
b) O conhecimento do valor da margem de contribuição por unidade do fator limitante é mais importante que o conhecimento da margem de contribuição por unidade produzida;
c) O custo de mão-de-obra direta é fixo, assim como são fixos todos os custos indiretos;
d) Capacidade ociosa é desejável nos recursos que não representem restrições ou gargalos;
e) Deve-se administrar o equilíbrio do fluxo do processo, não a capacidade dos recursos, etc.
(MARTINS, 2008)