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ID
2355481
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em março de 2014, o Ministério da Saúde, juntamente com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, iniciou a vacinação contra o Papilomavírus Humano – HPV. Sobre esta vacina e o agente causador da doença, analise as afirmativas a seguir.

I. A única via de transmissão do HPV é pela via sexual através do contato genital-genital.

II. Os tipos virais HPV 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

III. A vacina está disponível também nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para indivíduos imunodeprimidos de ambos os sexos na faixa etária entre 9 e 18 anos.

IV. Os principais objetivos da vacinação da população masculina são colaborar com a redução da incidência do câncer de colo de útero e vulva nas mulheres, por ser a responsável pela transmissão do vírus para suas parceiras e prevenir o câncer de testículo.

Está(ão) correta(s) apena(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A, apenas assertiva II está correta.

    Corrigindo as demais:

    I- A transmissão do  HPV se faz por contato direto com a pele ou mucosa infectada. Na maioria das vezes (95%) , o HPV é transmitidos através da relação sexual, mas em 5% das vezes poderá ser através das mãos contaminadas pelo vírus, objetos, toalhas e roupas, desde que haja secreção com vírus vivo em contato com pele ou mucosa não íntegra.

    III- para indivíduos imunodeprimidos de ambos os sexos na faixa entre 9 e 26 anos, que deverão receber a vacina, sendo o esquema de 3 doses (0, 2 e 6 meses).

    IV- ... os cânceres relacionados à vacina são: cânceres de colo do útero, vagina, vulva, ânus, pênis e garganta. 

    FONTES: http://sbim.org.br/images/files/nota-informativa-311.pdf
    http://www.hu.ufsc.br/projeto_hpv/hpv_e_cancer_do_colo_uterino.html
    http://www.brasil.gov.br/saude/2017/01/tire-duvidas-sobre-a-vacinacao-contra-o-hpv-para-meninos
    http://www.incthpv.org.br/upl/pdf/130198401720254616_Guia%20do%20HPV%20Julho%202013.pdf

     

  • Aproximadamente 100 tipos de HPVs foram identificados e tiveram seu genoma mapeado, 40 tipos podem infectar o trato genital inferior e 12 a 18 tipos são considerados oncogênicos para o colo uterino (IARC, 2007). Entre os HPVs de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero (SMITH et al., 2007).

  • Entre os HPVs de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero (SMITH et al., 2007). 

    (Fonte: CAB 13)

  • Ministério da Saúde amplia público para vacinação contra HPV

    para indivíduos imunodeprimidos de ambos os sexos na faixa entre 9 e 26 anos, que deverão receber a vacina, sendo o esquema de 3 doses (0, 2 e 6 meses).

    e também mulheres na faixa etária de até 45 anos, 11 meses e 29 dias.

  • e atenção se ligue aí que é hora da revisão

    Ministério da Saúde 2021 amplia público para vacinação contra HPV

    para indivíduos imunodeprimidos de ambos os sexos na faixa entre 9 e 26 anos, que deverão receber a vacina, sendo o esquema de 3 doses (0, 2 e 6 meses).

    e também mulheres na faixa etária de até 45 anos, 11 meses e 29 dias.

    meninas de 09 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.

  • O Ministério da Saúde adotou a vacina quadrivalente contra HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 6 e 11) e de alto risco (HPV 16 e 18). Essa vacina previne infecções pelos tipos virais presentes na vacina e, consequentemente, o câncer do colo do útero e reduz a carga da doença.

    Os tipos virais oncogênicos mais comuns são HPV 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero, enquanto os HPV 6 e 11 estão associados a até 90% das lesões anogenitais.

    Ministério da Saúde 2021 amplia público para vacinação contra HPV

    para indivíduos imunodeprimidos de ambos os sexos na faixa entre 9 e 26 anos, que deverão receber a vacina, sendo o esquema de 3 doses (0, 2 e 6 meses).

    e também mulheres na faixa etária de até 45 anos, 11 meses e 29 dias.

    meninas de 09 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.

  • O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 2014, amplia o Calendário Nacional de Vacinação com a introdução da vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano (HPV) no Sistema Único de Saúde (SUS). 

    Por isso, o Ministério da Saúde indicou, em 2017, a vacinação contra HPV para mulheres e homens com imunossupressão até 26 anos de idade. Agora, amplia essa proteção para as mulheres até 45 anos.

    Essa vacinação, seguindo a recomendação da OMS, será realizada com a aplicação de três doses em intervalos de dois meses, entre a primeira e segunda, e a terceira dose seis meses após a primeira aplicação. A prescrição médica da vacina HPV será necessária para a aplicação.

    A pasta, por meio da coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações e do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, enviou o ofício nº 203/2021 aos estados informando da ampliação.

    A ampliação da vacinação não inclui a população masculina, visto que, até o momento, a indicação da bula da vacina HPV no Brasil limita a idade no sexo masculino para 26 anos, enquanto nas mulheres essa indicação é até os 45 anos de idade.

    Meninas com idade entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos podem receber a vacina de forma gratuita em qualquer unidade de saúde, com duas doses ao ano, sendo a segunda seis meses após a primeira.

    Com isso, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece a vacina do HPV para:

    Meninas de 9 a 14 anos

    Meninos de 11 a 14 anos

    Mulheres imunossuprimidas de 9 a 45 anos

    Homens imunossuprimidos de 9 a 26 anos  

    Diagnóstico citopatológico

    Células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASCUS)

    < 25 anos Repetir a citologia em 3 anos

    Entre 25 e 29 anos Repetir a citologia em 12 meses

    ≥ 30 anos Repetir a citologia em 6 meses 

    Lesão de Baixo Grau (LSIL)

    < 25 anos Repetir a citologia em 3 anos

    ≥ 25 anos Repetir a citologia em 6 meses 

    Células glandulares atípicas de significado indeterminado (AGC)

    Células atípicas de origem indefinida (AOI)

    Lesão de Alto Grau (HSIL)

    Lesão intraepitelial de alto grau não podendo excluir microinvasão

    Carcinoma escamoso invasor

    Adenocarcinoma in situ (AIS) ou invasor

    Encaminhar para colposcopia

  • Situações especiais

    Gestantes

     Gestantes têm o mesmo risco que não gestantes de apresentarem câncer do colo do útero ou suas lesões precursoras. O achado dessas alterações durante o ciclo grávido puerperal reflete a oportunidade do rastreamento durante o pré-natal. Apesar de a JEC no ciclo gravídico-puerperal encontrar-se exteriorizada na ectocérvice na maioria das vezes, o que dispensaria a coleta endocervical, a coleta de espécime endocervical não parece aumentar o risco sobre a gestação quando utilizada uma técnica adequada 32.

  • Quando a desordenação ocorre nas camadas mais basais do epitélio estratificado, estamos diante de uma Neoplasia

    Intraepitelial Cervical Grau I (NIC I) – Baixo Grau (anormalidades do epitélio no 1/3 proximal da membrana).

    Se a desordenação avança 2/3 proximais da membrana estamos diante de uma Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau II (NIC II) – Alto Grau.

    Na Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau III (NIC III) – Alto Grau, o desarranjo é observado em todas as camadas, sem romper a membrana basal.