O cisto ósseo aneurismático é uma lesão óssea benigna, osteolítica, de crescimento geralmente rápido e localmente destrutivo, que pode simular fisiopatologicamente lesões com características malignas.
Trata-se de uma lesão rara, que acomete 1,4 casos para 100.000 indivíduos e representa 1 % dos tumores ósseos. O cisto ósseo aneurismático é uma patologia intraóssea, expansiva e composta de espaços sinusoides e vasculares, preenchidos por sangue e circundados por tecido fibroso, que localiza principalmente na metáfase dos ossos longos ou na coluna vertebral, sendo observada uma incidência nos maxilares de 2% a 14% de todos os cistos ósseos aneurismáticos do corpo.
Crianças e adultos jovens apresentam a maior incidência das lesões, as quais podem ser assintomáticas ou evoluir rapidamente para quadros álgicos, parestesias, paraplegia e fraturas patológicas devido ao mecanismo de crescimento compressivo da lesão
A crioterapia mata as células por meio de danos diretos nas superfícies intracelulares e extracelulares, formando cristais de gelo que afetam o equilíbrio osmótico e eletrolítico. O objetivo da técnica de enucleação combinada à crioterapia com nitrogênio líquido é remover o tecido patológico visível, visando também à necrose, congelando possíveis células em repouso que possam levar à recorrência. O nitrogênio líquido possui propriedades de induzir a necrose celular e preservar estruturas ósseas inorgânicas, em contraste com a solução de carnoy, também muito utilizado junto à enucleação, a qual inibe propriedades osteogênicas e osteocondutoras, destruindo os remanescentes epiteliais e da lâmina dentária com margem óssea para, assim, prevenir recorrências.