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ID
2357347
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Odontologia

Sobre a adrenalina, o principal vasoconstritor presente nos anestésicos disponíveis no mercado, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Efeitos farmacológicos da adrenalina

    a) Cardiovascular

    A maioria das ações da adrenalina ocorre no sistema cardiovascular. A adrenalina aumenta a força de contração cardíaca (efeito inotrópico positivo: ação β 1) e aumenta a frequência cardíaca (efeito cronotrópico positivo: ação β1). Estes efeitos levam a uma maior demanda de oxigênio no miocárdio. A adrenalina faz constrição das arteríolas da pele, das mucosas, e vísceras (efeitos α 1); e dilata os vasos que irrigam o fígado e a musculatura esquelética (efeitos beta 2). O fluxo sanguíneo renal é diminuído. Ocorre um aumento na pressão sistólica e uma pequena diminuição na pressão diastólica.

    b) Sistema Respiratório

    A adrenalina causa uma potente broncodilatação por agir diretamente na musculatura lisa bronquial (ação beta 2). Esta ação alivia todos os sintomas alérgicos ou induzidos pela histamina que provocam broncoconstrição. Em casos de choque anafilático este efeito pode salvar uma vida. Em indivíduos que sofrem de ataque asmático agudo, a adrenalina alivia a dispneia (respiração forçada) e aumenta o volume de gases inspirados e expirados.

    c) Hiperglicemia

    A adrenalina tem um efeito hiperglicemiante acentuado. Aumenta a glicogenólise no fígado (efeito beta 2), aumenta a liberação de glucagon (efeito beta 2) e diminui a liberação de insulina (efeito alfa 2). Estes efeitos são mediados pelo mecanismo via AMPc.( Monofosfato cíclico de adenosina)

    d) Lipolise

    A adrenalina inicia a lipólise por meio dos receptores beta do tecido adiposo, que ativam a adenilato ciclase e aumenta o AMPc o que leva ao efeito final de hidrólise dos triacilgliceróis em ácidos graxos livres e glicerol.

    Final da ação e eliminação: a ação da adrenalina é finalizada primariamente pela sua recaptação pelos nervos adrenérgicos. A adrenalina que escapa à recaptação é rapidamente inativada no sangue pelas enzimas catecol-O-metiltransferase (COMT) e monoamina oxidase (MAO), que estão presentes no fígado. Apenas pequenas quantidades (aproximadamente 1%) são excretadas de forma inalterda na urina.