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ID
2424586
Banca
IF Sertão - PE
Órgão
IF Sertão - PE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Nos protocolos da ANVISA (2013), referente às Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, afirma-se que “A infecção do trato urinário – ITU é uma das causas prevalentes de infecções relacionadas à assistência à saúde – IRAS de grande potencial preventivo, visto que a maioria está relacionada à cateterização vesical.” Relacionado à prevenção e aos fatores de risco para ocorrência de infecção, julgue os itens:

I. Entende-se que o tempo de permanência da cateterização vesical é o fator crucial para colonização e infecção (bacteriana e fúngica). A infecção poderá ser intraluminal ou extraluminal (biofilme), sendo esta última a mais comum. O fenômeno essencial para determinar a virulência bacteriana é a adesão ao epitélio urinário, colonização intestinal, perineal e cateter;

II. Os pacientes acometidos pela afecção são de ambos os sexos, agravantes relativos dependentes de doenças clínicas/cirúrgicas e relacionadas à unidade de internação. Em uma parcela de indivíduos a manifestação de bacteriúria clinicamente significativa, porém transitória, desaparece após a remoção do cateter, contudo poderá ocorrer septicemia com alta letalidade em alguns casos específicos relacionados também ao hospedeiro;

III. O diagnóstico clínico precoce, associado aos exames complementares (qualitativo e quantitativo de urina e urocultura), fornece evidência para uma adequada terapêutica, apesar dos casos de bacteriúria assintomática e candidúria, que podem induzir a tratamentos desnecessários;

IV. Quando for necessária, a coleta de urina em paciente com cateter de longa permanência, deve-se realizar a troca do dispositivo antes do procedimento de coleta. Se não for possível, a amostra deverá ser obtida do local de aspiração do cateter e nunca da bolsa de drenagem;

V. A terapêutica deverá ser conduzida empiricamente, fundamentada nas taxas de prevalência das infecções urinárias locais e nos protocolos elaborados em conjunto com a equipe assistencial, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH, Comissão de Farmácia e Terapêutica – CFT e Laboratório de Microbiologia, e ajustada aos resultados de culturas.

Estão corretos os itens:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra B, todas as assertivas verdadeiras. Questão exrtremamente cansativa, copiada ipsis litteris do manual. 

    Resposta presente no Capítulo 2 – Medidas de Prevenção de Infecção do Trato Urinário. Início na página 52. 

    FONTE: Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. ANVISA, 2017. 

    http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271855/Medidas+de+Prevenção+de+Infecção+Relacionada+à+Assistência+à+Saúde/6b16dab3-6d0c-4399-9d84-141d2e81c809

     

  • Discordo do item IV - Atenção: questão desatualizada!

    Quando for necessária, a coleta de urina em paciente com cateter de longa permanência, deve-se realizar a troca do dispositivo antes do procedimento de coleta. Se não for possível, a amostra deverá ser obtida do local de aspiração do cateter e nunca da bolsa de drenagem;

    Se a questão fosse de 2017 certamente caberia recurso para anulação, visto que a publicação da ANVISA 2017 - CRITÉRIOS DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE, VOL. 2, página 113 (considerações importantes), afirma que: As culturas de urina devem ser obtidas com a utilização de técnica apropriada: coleta limpa por meio de micção espontânea ou caterização. A urina coletada  em paciente já cateterizado deve ser aspirada assepticamente do local próprio no circuito coletor e a cultura processada de forma quantitativa. NÃO HÁ INDICAÇÃO DE TROCA DE CATETER PARA OBTER urina para CULTURA.

    att, Cecília Andrade - Enfermeira do Controle de Infecção Hospitalar

  • Discordo com o gabarito da Questão. Segundo  o manual da ANVISA (já mencionado) no capítulo 2:

    ITEM I - Entende-se que o tempo de permanência da cateterização vesical é o fator crucial para colonização e
    infecção (bacteriana e fúngica). A contaminação poderá ser intraluminal ou extraluminal (biofilme), sendo
    esta última a mais comum. O fenômeno essencial para determinar a virulência bacteriana é a adesão ao
    epitélio urinário, colonização intestinal, perineal e cateter.(P. 34);

     

    ITEM II - Os pacientes acometidos pela afecção são de ambos os sexos, apresentam agravantes relativos dependentes
    de doenças clínicas/cirúrgicas e relacionadas à unidade de internação. Em uma parcela de
    indivíduos a manifestação de bacteriúria clinicamente significativa, porém transitória, desaparece após a
    remoção do cateter, contudo poderá ocorrer septicemia com alta letalidade em alguns casos específicos
    relacionados também ao hospedeiro.(P.34);

     

    ITEM III - O diagnóstico clínico precoce, associado aos exames complementares (qualitativo e quantitativo de
    urina e urocultura), fornece evidência para uma adequada terapêutica, apesar dos casos de bacteriúria
    assintomática e candidúria, que podem induzir tratamentos desnecessários.(P. 33);

     

    ITEM IV - Para exame de urina, coletar pequena amostra através de aspiração de urina com agulha estéril
    após desinfecção do dispositivo de coleta (A-III); levar a amostra imediatamente ao laboratório
    para cultura.(P.38);

     

    ITEM V - A terapêutica deverá ser conduzida empiricamente, fundamentada nas taxas de prevalência das
    infecções urinárias locais e nos protocolos elaborados em conjunto com a equipe assistencial, CCIH,
    Comissão de Farmácia e Terapêutica – CFT e Laboratório de Microbiologia, e ajustada aos resultados
    das culturas. (P. 33).

  •  As ITUs são responsáveis por 35-45% das IRAS (infecções relacionadas à assistência à saúde) em pacientes adultos, com densidade de incidência de 3,1-7,4/1000 cateteres/dia. Aproximadamente 16-25% dos pacientes de um hospital serão submetidos a cateterismo vesical, de alívio ou de demora, em algum momento de sua hospitalização, muitas vezes sob indicação clínica equivocada ou inexistente e até mesmo sem conhecimento médico.

    Todas as alternativas estão corretas. Todas estão descritas exatamente como a Anvisa coloca no Manual de 2013 e na sua atualização em 2017.


    Gabarito do Professor: Letra B.



    Bibliografia

    Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.

  • A questão precisa ser revisada:

    Manual Anvisa

    4.1.5 Manuseio correto do cateter

    5. Para exame de urina, coletar pequena amostra através de aspiração de urina com agulha estéril após desinfecção do dispositivo de coleta (A-III): a. Levar a amostra imediatamente ao laboratório para cultura.

  • Desatualizada