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ID
2424613
Banca
IF Sertão - PE
Órgão
IF Sertão - PE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, e as manifestações clínicas da doença estão diretamente relacionadas ao tipo de resposta ao M. leprae. Temos então, as seguintes formas clínicas da doença:

I. Hanseníase Indeterminada: forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos ou evolui para as chamadas formas polarizadas em cerca de 25% dos casos, o que pode ocorrer em 3 a 5 anos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com distúrbio da sensibilidade, ou áreas circunscritas de pele com aspecto normal e com distúrbio de sensibilidade, podendo ser acompanhadas de alopécia e/ou anidrose. Mais comum em crianças.

II. Hanseníase Tuberculoide: forma mais benigna e localizada, ocorre em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e um pouco elevados e com ausência de sensibilidade (dormência). Ocorre comprometimento simétrico de troncos nervosos, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular. Próximo às lesões em placa podem ser encontrados filetes nervosos espessados. Nas lesões e/ou trajetos de nervos pode haver perda total da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, ausência de sudorese e/ou alopécia. Pode ocorrer a forma nodular infantil, que acomete crianças em 1 a 4 anos, quando há um foco multibacilar no domicílio. A clínica é caracterizada por lesões papulosas ou nodulares, únicas ou em pequeno número, principalmente na face.

III. Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa): nestes casos a imunidade celular é nula e o bacilo se multiplica muito, levando a um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele (nódulos). As lesões cutâneas caracterizam-se por placas infiltradas e nódulos (hansenomas), de coloração eritematoacastanhada ou ferruginosa que podem se instalar também na mucosa oral. Pode ocorrer inflitração facial com madarose superciliar e ciliar, hansenomas nos pavilhões auriculares, espessamento a acentuação dos sulcos cutâneos. Pode ainda ocorrer acometimento da laringe, com quadro de rouquidão e de órgãos internos (fígado, baço, suprarrenais e testículos), bem como, a hanseníase históide, com predominância de hansenomas com aspecto de quelóides ou fibromas, com grande número de bacilos. Ocorre comprometimento de maior número de troncos nervosos de forma simétrica.

IV. Hanseníase Dimorfa (ou Borderline): forma intermediária que é resultado de uma imunidade também intermediária, com características clínicas e laboratoriais que podem se aproximar do polo tuberculoide ou virchowiano. O número de lesões cutâneas é maior e apresentam-se como placas, nódulos eritemato acastanhadas, em grande número, com tendência a simetria. As lesões mais características nesta forma clínica são denominadas lesões pré faveolares ou faveolares, sobreelevadas ou não, com áreas centrais deprimidas e aspecto de pele normal, com limites internos nítidos e externos difusos. O acometimento dos nervos é mais extenso podendo ocorrer neurites agudas de grave prognóstico.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra E (I, II, III, IV).

     

    Complementando

     

     

    Questão da  banca NUCEPE que nos ajudam no entendimento sobre as formas clínicas da Hanseníase ,vejam:

     

     

    Q837765    Ano: 2017    Banca: NUCEPE    Órgão: FMS     Prova: Enfermeiro

     

    A hanseníase é uma doença contagiosa, que geralmente leva de 3 a 5 anos para evidenciar os primeiros sintomas, podendo atingir qualquer pessoa que tenha contato prolongado com o bacilo. O diagnóstico é essencialmente clínico, tendo a forma virchowiana caracterizada por:

     

     c) Infiltrações de pele (face, lóbulos ou dorso), lesões papulosas ou nodulares, distribuição simétrica.

     

     

     

     

  • http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/agravos/publicacoes/manifestacoes-clinicas-da-hanse-niase.pdf 

     

  • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA HANSENÍASE:

    -INDETERMINADA: forma inicial, evolui espontaneamente para cura na maioria dos casos ou evolui para as formas polarizadas em cerca de 25% dos casos. Geralmente encontra-se uma lesão de cor mais clara que a pele, com distúrbios da sensibilidade, ou áreas circunscritas de pele com aspecto normal e com distúrbio de sensibilidade, podendo ser acompanhas de alopécia ou/e anidrose.

    -TUBERCULOIDE: forma mais benigna e localizada, ocorre em pessoa mais resistentes ao bacilo. As lesões são poucas ou única, de limites bem definidos e um pouco elevadas e com ausência de sensibilidade. Ocorre comprometimento simétrico de troncos nervosos, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular. Próximo as lesões em placas, podem-se encontrar filetes nervosos espessados. Nas lesões ou trajetos nervosos pode haver perda de sensibilidade térmica, tátil e dolorosa. ausência de sudorese e alopécia. A clínica é caracterizada por lesões papulosas e nódulos.

    Dimorfa: forma intermediária entre a tuberculoise e virchowiana, o número de de lesões cutâneas é maior e apresenta-se como placa, nódulos eritomatoso acastanhadas. Acometimento dos nervos, podendo ocorrer neurites agudas de grave prognostico.

    -VIRCHOWIANA: a imunidade celular é nula e o bacilo de multiplica muito, é mais grave, ocorre anestesia de mãos e pés que favorecem os traumatismos e feridas, deformidades, atrofia muscular, edemas em pernas e nódulos. As lesões cutâneas se caracteriza-se por placas infiltradas ou nódulos de cor eritêmato-acastanhada ou ferruginosa. Pode ocorre infiltrado facial com madarose de supercílio e cílios, hansenomas nos pavilhões auriculares e acentuação dos sucos tegumentares.