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ID
2428108
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia

  A genuína e própria filosofia começa no Ocidente. Só no Ocidente se ergue a liberdade da autoconsciência. No esplendor do Oriente desaparece o indivíduo; só no Ocidente a luz se torna a lâmpada do pensamento que se ilumina a si própria, criando por si o seu mundo. Que um povo se reconheça livre, eis o que constitui o seu ser, o princípio de toda a sua vida moral e civil. Temos a noção do nosso ser essencial no sentido de que a liberdade pessoal é a sua condição fundamental, e de que nós, por conseguinte, não podemos ser escravos. O estar às ordens de outro não constitui o nosso ser essencial, mas sim o não ser escravo. Assim, no Ocidente, estamos no terreno da verdadeira e própria filosofia.
(Hegel. Estética, 2000. Adaptado.)
De acordo com o texto de Hegel, a filosofia

Alternativas
Comentários
  • A concepção hegeliana de liberdade pode ser compreendida de forma geográfica. Ela se move do Oriente para o Ocidente uma vez que no Oriente somente os imperadores gozam de liberdade, enquanto que no Ocidente a liberdade se espraia entre os indivíduos, mesmo os mais simples. Somente em um ambiente com tal organização seria possível para a Filosofia e toda a sua liberdade questionadora verdadeiramente florescer, pois segundo Hegel, "a liberdade pessoal é uma condição fundamental" do ser. Assim sendo, para Hegel, somente no Ocidente a verdadeira Filosofia pode existir por ser ela possível somente onde a liberdade individual e, dessa forma, a expansão da capacidade racional se encontre livre.

    A resposta é letra D.

    A letra A está errada, pois Hegel compreende a filosofia como o exercício da liberdade plena.
    A letra B está errada, pois para Hegel onde há regime opressor e que controle o pensamento, a verdadeira filosofia não poderá se desenvolver.
    A letra C está errada, pois, para Hegel, a verdadeira filosofia se afasta das paixões para dar valor somente à potência racional.
    A letra E está errada, pois Hegel considera que sim há padrões universais de julgamento, tanto que se permite comprar a capacidade racional dos homens orientais com os homens ocidentais e considerar que uma condição fora do homem, da estrutura política, pode ser o diferencial na capacidade e potencialidade racional.

    Gabarito: Letra D.