SóProvas


ID
2436325
Banca
FUNRIO
Órgão
SESAU-RO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Biomedicina - Análises Clínicas

Agentes transmissíveis tais como esporos, bactérias e vírus devem ser corretamente eliminados de ambiente de laboratório, por meio do uso de:

Alternativas
Comentários
  • A atividade antimicrobiana das soluções alcoólicas está condicionada à sua concentração em peso ou em volume em relação à água. A solução alcoólica ideal é aquela com concentração de 70% p/p (70 ºINPM) ou 77% v/v (77 ºGL) onde “p” é o peso e “v”, o volume. Nessa concentração, o álcool não desidrata a parede celular do microrganismo, podendo penetrar no seu interior, onde irá desnaturar proteínas, fato que não ocorre quando se utiliza o álcool acima ou abaixo da concentração ideal.

    Os álcool etílico e o álcool isopropílico são considerados desinfetantes de nível intermediário, empregados tanto na desinfeção de superfícies e instrumentos como na antissepsia da pele. O efeito antimicrobiano do álcool, que se dá pela desnaturação de proteínas e a dissolução de gorduras, destrói, por exemplo, a membrana do Mycobacterium tuberculosis e do HSV (vírus da herpes simples). A ação antimicrobiana do álcool não é efetiva na presença de matéria orgânica que, quando aderida à superfície do material a ser desinfectado, funciona como uma barreira mecânica à ação do álcool sobre os microrganismos.

    As soluções de álcool são, portanto, germicidas, porém sua ação é imediata, com praticamente nenhuma ação residual. Quando associado ao iodo (0,5 a 1,0% de iodo livre) na formulação do Álcool Iodado, o álcool pode apresentar um maior efeito residual e bactericida, mas essas soluções tornam-se irritantes para a pele. Com a associação de glicerina a 2%, pode-se evitar o ressecamento da pele e a rápida evaporação do álcool.

    Pode-se citar como vantagens da desinfecção com o álcool 70%, os seguintes aspectos:

    bactericida de ação rápida;

    ação na presença do Mycobacterium tuberculosis e virucida (somente para vírus lipofílicos);

    irritante leve;

    baixo custo;

    não-tóxico;

    incolor e não deixa resíduos.

    Como desvantagens, podemos considerar as seguintes características:

    não é esporicida;

    tem atividade diminuída na presença de matéria orgânica;

    danifica material de plástico, borracha ou acrílico;

    evapora rapidamente, com diminuição da atividade antimicrobiana em sangue seco, saliva e outras matérias orgânicas;

    não tem registro como desinfetante na EPA (“Environmental Protection Agency”); e

    não é aceito pela “American Dental Association - ADA” como desinfetante de superfície fixa e instrumental;

    não apresenta ação contra vírus hidrofílicos;

    não tem ação residual; e

    é um desinfetante de nível médio.

    O uso do álcool 70% como agente de desinfecção e antissepsia é bastante popular por se tratar de um processo simples, relativamente rápido e de baixo custo para se realizar o controle da infecção. No entanto, o uso do álcool, que é considerado um desinfetante de nível intermediário, sua utilização acaba sendo, muitas vezes, superestimada, provavelmente devido à sua facilidade de aquisição e praticidade de uso.

  • Autoclave de paredes simples

    Este tipo de autoclave pode existir em variadíssimos tamanhos, sendo geralmente formado por um cilindro metálico resistente, vertical ou horizontal e com uma tampa que permite fechar hermeticamente o autoclave. Essa tampa apresenta parafusos de orelhas e uma anilha de amianto que impedem a existência de fugas de pressão.

    Os autoclaves de paredes simples têm geralmente um manómetro, uma torneira para descarga e uma válvula de segurança.

    No interior do autoclave na parte inferior coloca-se água e logo acima um cesto ou tabuleiro com o material a esterilizar, e aquece-se a parte inferior externa do autoclave com chama ou resistências elétricas.

    Os autoclaves não necessitam de termómetro para indicar a que temperatura se encontra o vapor de água no seu interior visto que existe uma relação directa entre a pressão do vapor de água saturado e a temperatura desse mesmo vapor .

     

     

    Autoclave de paredes duplas

    Este tipo de autoclave possui duas câmaras sendo uma interna e outra externa. O espaço entre a câmara interna de pressão e a externa é utilizado para manutenção e controle da temperatura durante o processo. Também conhecido como autoclave horizontal, o modelo possui bomba de vácuo para a retirada do ar antes da entrada do vapor e para secagem dos materiais no final do processo. A retirada do ar e entrada do vapor é feita em pulsos de forma a uniformizar a temperatura e ação do vapor esterilizante em toda a câmara de processo (interna).

     

    Autoclave gravitacional

    Neste tipo de autoclaves, o vapor é injetado – o que força a saída do ar. Porém, a fase de secagem é limitada, pois não possui capacidade para remover completamente o vapor. Pode apresentar umidade ao final do processo devido a dificuldade de remoção do ar. A ANVISA, agência regulatória brasileira, proíbe sua utilização quando a capacidade é superior a 100 litros em c.m.e classe 02 (rdc 15 cap. 1º seção IX art. 91)

     

    Autoclave de alto vácuo

    Considerada mais segura que a gravitacional, esta autoclave possui uma bomba de vácuo com alta capacidade de sucção do ar. A autoclave de alto vácuo introduz vapor na câmara interna sob alta pressão com ambiente em vácuo

     

    Autoclave de vácuo único

    Este aparelho remove o ar de uma única vez em curto espaço de tempo. Devido a isso, pode apresentar formação de bolsas de ar.

    Autoclaves de vácuo fracionado

    Esta autoclave remove o ar em intervalos, com injeção simultânea de vapor. Neste tipo de autoclave a formação de bolsas de ar é menos provável.