A primeira e segunda geração de agentes de união utilizados durante a década de 60 e 70 não recomendavam condicionamento ácido da dentina, e se baseavam na adesão à smear layer (Dunn, 2003). A fraca força de união (2MPa-6MPa) à smear layer permitia infiltração dentinária com manchamento marginal (Van Meerbeeket al., 2001).
A terceira geração de sistemas adesivos dos anos 80 introduziu o condicionamento ácido da dentina e um primer separado desenhado para penetrar nos túbulos dentinários como um método para aumentar a força de união (Dunn, 2003). Estes sistemas aumentaram a força de união à dentina (12MPa-15MPa) e reduziram as falhas nas margens dentinárias. Com o tempo, entretanto, o manchamento marginal causava fracasso clínico (Van Meerbeek et al., 2001).
A quarta geração de sistemas adesivos do início da década de 90 utilizava substâncias químicas que penetrava os túbulos dentinários condicionados e descalcificados e o substrato dentinário, formando uma camada “híbrida” de colágeno e resina. Esses sistemas adesivos têm os mais longos acompanhamentos clínicos registrados em pesquisas e têm boa performance clínica (força de união de aproximadamente 38MPa), apesar datécnica sensível, com ataque ácido em esmalte e dentina seguido de mais dois ou mais componentes também para esmalte e dentina. Devido à complexidade de passos e múltiplos frascos, a indústria enxergou uma demanda dos clínicos por um sistema adesivo simplificado.
A demanda trouxe a quinta geração de sistemas adesivos, introduzida em meados dos anos 90, com primer e adesivo em um único frasco enquanto mantinham altas forças de união. Embalagens de dose única foram introduzidas. Ainda assim, um condicionamento ácido controlado, a umidade superficial e a inserção da resina continuavam sendo um desafio clínico para alguns profissionais.
A sexta geração de sistemas adesivos introduzida no final da década de 90 e início dos anos 2000 – também conhecida como “primers auto-condicionantes” – foram um grande avanço tecnológico. O passo separado de condicionamento ácido foi eliminado com a incorporação de um primer ácido que para ser utilizado em esmalte e dentina após o preparo dentário (Dunn, 2003). Muitas variações envolveram mistura do primer ácido e adesivo antes da colocação na dentina e esmalte, ou colocação do primer no dente e depois a colocação do adesivo sobre o primer.
A última geração de sistemas adesivos são os adesivos “all-in-one” que combinam ácido, primer e adesivo em uma única solução (Miller, 2002). Estudos laboratoriais mostraram forças de união e selamento marginal iguais aos sistemas adesivos de sexta geração.