- ID
- 2462710
- Banca
- CESPE / CEBRASPE
- Órgão
- SEDUC-CE
- Ano
- 2013
- Provas
- Disciplina
- Filosofia
Kant, no campo da razão prática, estimou positivamente os préstimos do senso comum. Ele, de fato, declarou na Crítica da razão pura: “A mais alta filosofia, em relação aos fins essenciais da natureza humana, não pode levar mais longe do que a direção apontada pelo senso comum”. E, na Fundamentação da metafísica dos costumes, seção I, ele afirmou: “E aqui não nos podemos furtar a certa admiração ao ver como, no senso comum, a capacidade prática de julgar se avantaja tanto sobre a teórica (...). No campo prático (discernimento do dever), a capacidade de julgar do senso comum mostra suas vantagens quando exclui das leis práticas os impulsos sensíveis. Ele se torna, então, sutil; (...) e — o que é sumamente importante — pode, nesse caso, esperar ser bem-sucedido na tarefa de determinar o valor das ações, tão bem quanto qualquer filósofo; mais ainda, pode proceder com maior segurança do que este, porque o filósofo, não dispondo de outros princípios diferentes do senso comum, pode ser facilmente perturbado e desviado do reto caminho por uma multiplicidade de considerações estranhas ao caso”.
I. Kant. apud Arcângelo R. Buzzi. Introdução ao pensar. Petrópolis: Vozes, 13.ª ed., 1984, p. 102-3.
No tocante às ideias expostas no texto acima, assinale a opção correta.