As teorias pós-modernas se sustentam numa referência crítica ao legado da modernidade, renúnciam ao programa sociocultural da modernidade e, portanto, parece ser pacífico o fato de que as mesmas se chocam com a herança teórico-metodológica de origem marxiana e com o grosso da tradição marxista (JUNIOR, 2016).
Estas, com orientações “individualizantes e despolitizantes” (p.12), recusam a vigência dos sujeitos classistas e suas lutas, contribuindo para a “individualização, a despolitização” e como afirma NETTO (2005) para a “desistoricização e a psicologização”.
Ainda em relação às influências dessas teorias no serviço social, Junior (2016) afirma:
(...) temos aí as duas implicações da influência da pós-modernidade no Serviço Social: primeiro, o empobrecimento teórico-metodológico e ético-político da prática profissional vinculada ao Projeto Ético-Político; segundo, a maior imantação dos posicionamentos individualizantes e despolitizadores(...)
(...) Numa conjuntura como essa, aquela influência coopera para rearranjar as bases da legitimidade profissional em favor das classes e segmentos empregadores, em última instância robustecendo o campo da supremacia burguesa da fase restauracionista. (p.13)
Resumindo, a influência pós-moderna colabora para retirar dos segmentos profissionais com inspiração democrática e anticapitalista, o patrimônio cultural maturado na “práxis política” dos trabalhadores(as) , além de contribuir para estreitar os laços do Serviço Social com as classes dominantes (JUNIOR, 2016)
Referências:
JUNIOR, Adilson Aquino Silveira, A cultura pós-moderna no serviço social em tempos de crise. in: Temporalis, Brasília (DF), ano 16, n. 31, jan/jun. 2016
Palestra do Prof. José Paulo Netto - Modernidade e Pós-modernidade in: https://www.youtube.com/watch?v=fHrZi1F7jd4